A prefeitura de Curitiba suspendeu mais um dos eventos de pré-carnaval agendados para a cidade. O Carnaval Eletrônico, evento de música eletrônica que deveria ocorrer neste domingo (5), na Avenida Marechal Deodoro, foi cancelado porque os organizadores não apresentarem a documentação necessária para a realização da festa.
A decisão foi tomada nesta quinta-feira após reunião da Comissão Permanente de Análise de Grandes Eventos (Cage), que constatou a falta de documentos como liberação do Corpo de Bombeiros e a indicação de responsável técnico para a montagem da estrutura, conforme explicou a prefeitura por meio de nota.
Além disso, a realização do jogo entre Coritiba e Paraná Clube, pelo Campeonato Paranaense, também atrapalhou a realização do evento, ainda que de maneira não determinante. De acordo com a Prefeitura, a Polícia Militar não teria o efetivo necessário para garantir a segurança do carnaval e do jogo, que ocorrem simultaneamente.
No entanto, a PM informa que a corporação estaria preparada para atender aos dois eventos caso eles acontecessem ao mesmo tempo e que haveria uma readequação no efetivo para garantir a segurança de todos os envolvidos. Segundo sua assessoria de comunicação, foi apresentada apenas uma preferência por concentrar as ações em um único evento, principalmente por conta da confusão registrada no ano passado. Em 2016, o Carnaval Eletrônico de Curitiba reuniu mais de 100 mil pessoas e teve focos de briga e enfrentamento com a polícia, que usou balas de borracha e bombas de efeito moral para dispersar o público. Para este ano, a promessa da Prefeitura era ter um número maior de guardas nas ruas.
Outros cancelamentos
O Carnaval Eletrônico não foi o único evento pré-carnaval cancelado em 2017. No início de janeiro, a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) informou que não iria mais organizar o bloco Garibaldis e Sacis, um dos mais tradicionais da cidade. O bloco se organizou e deve manter as festividades, ainda que de forma independente neste sábado (4).
A falta de incentivo é reflexo da dívida de R$ 2,3 milhões acumuladas pela FCC. O valor também obrigou o órgão a reduzir o recurso repassado às escolas de samba da capital. Em 2017, serão investidos R$ 539 mil na festa. O valor disponibilizado no ano passado foi de R$ 700 mil.
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