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Diferença entre a tarifa do usuário e a tarifa técnica serviria para custear novos investimentos  no transporte público de Curitiba | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Diferença entre a tarifa do usuário e a tarifa técnica serviria para custear novos investimentos no transporte público de Curitiba| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

A nova tarifa técnica do transporte coletivo - o valor repassado às empresas por passageiro transportado -, ficará em torno de R$ 4, mas pode chegar até a R$ 4,31, desde que haja comprovação de investimento das empresas, principalmente na renovação da frota. A informação foi confirmada pelo diretor de transportes da Urbs , Antônio Carlos Araújo. Esse valor, entretanto, poderá ter gatilhos ao longo de 2017 à medida em que os empresários façam novos investimentos, seja na renovação da frota já vencida ou a compra de ônibus para projetos como o ligeirão norte-sul. Nesta terça-feira (14), a Urbs segue descumprindo decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) e não reduziu a passagem de R$ 4,25 para R$ 3,70, o que pode gerar multa ao município.

A tarifa técnica é recalculada anualmente, sempre em fevereiro, como determina o contrato de concessão idealizado na gestão municipal de Beto Richa e assinado pelo ex-prefeito Luciano Ducci. Desde 26 de fevereiro de 2016, o valor está em R$ 3,6653. O fato de ser abaixo da tarifa cobrada do passageiro sempre foi motivo de crítica dos empresários do setor.

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Araújo explica que a diferença do valor cobrado dos passageiros para o valor repassado aos empresários servirá para que o município faça um caixa capaz de suportar novos investimentos no transporte coletivo. À medida que os empresários retomarem os investimentos, esses R$ 4 sofrerão reajustes. “O valor máximo que calculamos para este ano é de R$ 4,31. Mas isso em um cenário de realização de todos os investimentos previstos”, afirmou o diretor de transportes da Urbs.

Segundo Araújo, a nova tarifa técnica foi calculada por técnicos da Urbs com base nos parâmetros do contrato. “Temos que ter margem para investir no sistema e atrair novos passageiros. Hoje, temos 270 ônibus vencidos porque as empresas têm uma liminar que as desobriga de comprar novos ônibus”, justificou.

Em nota no último dia 31 de janeiro, as empresas de ônibus defendiam que a nova tarifa técnica deveria ser superior a R$ 4,57, levando em consideração todos os parâmetros contratuais. O texto ressaltava que no último período tarifário as empresas haviam pedido tarifa técnica de R$ 4,10. Esse custo, naquela época, acabou sendo fixado pela gestão Gustavo Fruet em R$ 3,66. Segundo o sindicato patronal que representa as empresas de transporte, o Setransp, a conta levava em consideração uma projeção de redução no total de passageiros transportados na ordem de 14 milhões de passageiros, o equivalente a um mês a menos no ano para o setor.

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Renovação da frota

Apesar do pedido do Setransp e da oferta final da prefeitura terem uma diferença de R$ 0,26, a prefeitura tem informado que a nova tarifa de R$ 4,25, que virou alvo do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) , seria suficiente para arcar com a retomada da renovação da frota e a compra de 24 novos biarticulados para que o projeto do ligeirão entre o Santa Cândida e o Portão seja estendido até o Capão Raso. Entretanto, a compra de novos ônibus para a cidade é uma decisão que não depende somente da prefeitura. Araújo diz que esse assunto é tema de diálogo com os empresários e que a acredita que os valores oferecidos pelo município serão suficientes para que as empresas voltem a comprar ônibus.

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