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"Eu errei", disse Vinicius da Silva Neto, de 27 anos, ao ser perguntado sobre o que fazia com o relógio Rolex do lutador de jiu-jítsu Marcos Jara, morto no último dia 24 em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Mototaxista, ele foi preso na manhã desta segunda-feira (28) depois de uma denúncia anônima.

A informação recebida pela polícia afirmava que não só havia pertences da vítima com Vinicius, mas que ele estava envolvido no crime. Ele, no entanto, nega. "Eu passei pelo local e vi uma pessoa morta. Quando voltei, parei e tinha gente abrindo mala, pegando roupas, eu peguei uma nécessaire, com o relógio e os comprimidos", disse ele.

O mototaxista, que não tem passagem pela polícia, afirma ainda que não procurou a polícia porque só nesta manhã é que vira o caso no jornal e, antes, não sabia do que se tratava. Ele foi preso em casa, numa localidade conhecida como Rio da Prata, e não reagiu.

Polícia desconfia

"A versão é plausível, mas não é convincente", contou o delegado José de Morais, da 36ª DP (Santa Cruz), responsável pelas investigações, que, a princípio, vai indiciá-lo por receptação.

Para o comandante Marcos Alves, do 27º BPM (Santa Cruz), a operação foi "cirúrgica". "A informação era precisa e ele confessou na hora a posse do material. Algumas coisas não batem, como a informação de que ele vira no jornal. Quando o prendemos, ele afirmou que estava indo justamente comprar três exemplares", detalha ele, que adianta ainda que há mais duas operações planejadas para prender envolvidos no crime.

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