Ação na Justiça e falta de interessados atrasaram a licitação
19 de julho de 2007 - A prefeitura de Curitiba lança um edital para a elaboração dos estudos preliminares da implantação do metrô.7 de setembro de 2007 - Termina o prazo para a apresentação de propostas. Nenhuma empresa se habilita.13 de dezembro de 2007 - A prefeitura lança um novo edital.30 de janeiro de 2008 - Dois consórcios SEP e NovoModal apresentam propostas para o Lote 1 da licitação, elaboração do projeto de engenharia. Apenas uma empresa, a curitibana Ecossistema, apresenta proposta para elaborar o estudo de impacto ambiental da obra. O SEP foi eliminado depois, ainda na fase de habilitação, porque não teria apresentado todos os documentos solicitados.1º de abril de 2008 - A prefeitura publica edital informando que o consórcio NovoModal e a empresa Ecossistema foram aprovados na fase de análise das propostas técnicas. A intenção era abrir as propostas de preço no dia 10 de abril de 2008.2 de abril de 2008 - O juiz substituto Jederson Suzin, da 1ª Vara de Fazenda Pública de Curitiba, concede liminar suspendendo a licitação, a pedido do Consórcio SEP, de São Paulo.27 de janeiro de 2009 - O juiz Jederson Suzin, que havia concedido suspendido o processo, revoga a liminar, permitindo que a licitação seja retomada.
Richa vai a Brasília discutir financiamentos com ministro Paulo Bernardo
O prefeito Beto Richa e o ministro do Planejamento Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo se reuniram nesta quarta-feira (4), em Brasília, para discutir financiamentos para obras em Curitiba, em especial a construção do metrô e a segunda etapa da Linha Verde. O prefeito classificou o encontro como positivo. O ministro designou o secretário de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério, Afonso Oliveira de Almeida, como interlocutor nas questões relacionadas ao metrô.
Os projetos para a construção do metrô de Curitiba custarão R$ 2,68 milhões. As propostas de preço foram abertas na tarde desta quarta-feira (4), no auditório do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). O valor ficou apenas 0,74% menor que o custo máximo estipulado pela licitação que era de R$ 2,70 milhões.
O objetivo da licitação é contratar duas empresas para a elaboração de estudos e projetos de engenharia e para o estudo de impacto ambiental da construção do metrô. Três empresas participavam do processo, mas o consórcio SEP, formado por Sistran, Estra e Pólux, foi desclassificado na segunda fase da concorrência. Agora só duas continuam no processo, uma para cada lote.
O consórcio Novo Modal, formado pela Ider Trends, empresa de São Paulo, e pelas paranaenses Engefoto, Esteio e Vega, apresentou uma proposta de R$ 2,336 milhões para elaborar os Estudos e o Projeto de Engenharia, previstos no lote 1 do edital de licitação. O valor máximo para este trabalho, de acordo com o edital, era de R$ 2,337 milhões.
Para elaborar o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA-Rima), trabalho previsto no lote 2, a empresa Ecossistema Consultoria Ambiental ofereceu em sua proposta um orçamento de R$ 344,1 mil. O custo deste lote não poderia ultrapassar R$ 370 mil.
Depois da abertura das propostas, os integrantes da Comissão de Licitação da Prefeitura começaram a analisar a composição dos custos, cálculos e planilhas apresentadas pelas empresas concorrentes. O resultado oficial da licitação será divulgado nesta quinta-feira (5), às 14 horas. A expectativa da Comissão é que, respeitados todos os prazos legais, os trabalhos poderão ter início em março.
Para chegar a esta etapa da licitação, tanto o Consórcio Novo Modal quanto a empresa Ecossistema participaram das outras duas etapas da concorrência. Na primeira fase, foram analisados os documentos exigidos pelo edital. Na segunda etapa, a proposta técnica foi verificada. As propostas de preços, assim como todos os documentos necessários em cada uma das fases da licitação foram entregues pelas empresas e consórcios participantes em janeiro de 2008.
Justiça
O processo de licitação estava interrompido desde abril do ano passado por força de uma liminar concedida ao consórcio SEP, excluído na segunda fase da concorrência. A retomada do processo foi autorizada pela Justiça estadual em 27 de janeiro.
A concorrência pública está sendo feita pela segunda vez, já que o primeiro pregão, realizado em setembro de 2007, foi anulado. Nenhuma das 44 empresas que compraram o edital apresentou proposta.
Projeção
A proposta inicial prevê a construção da Linha Azul do metrô, com 22 quilômetros de extensão entre os terminais Santa Cândida e CIC Sul. O sistema será subterrâneo em 19 quilômetros, escavado sob a canaleta do atual sistema de ônibus. No trecho entre o Passeio Público e a Praça Eufrásio Correia, o metrô passará embaixo das ruas Riachuelo e Barão do Rio Branco, um antigo corredor dos ônibus expressos.
A linha terá ainda um trecho elevado na Avenida Winston Churchill de 500 metros após o Terminal do Pinheirinho até a BR-476. Depois seguirá em superfície pela rodovia até o futuro Terminal da CIC-Sul, onde será implantado um Complexo que terá pátio de estacionamento, Centro de Controle Operacional e Centro de Manutenção, com os acessos especiais para os veículos do metrô.
Foram previstas no projeto 21 estações de embarque e desembarque ao longo da linha, com distância média de mil metros entre elas. O veículo a ser utilizado deverá ter características leves podendo transportar aproximadamente 1.150 passageiros, em cada composição formada por quatro carros motorizados. A velocidade máxima prevista será de 80 km/h e a velocidade média operacional de 35 km/h.
O início da implantação do metrô foi uma das promessas de campanha do prefeito Beto Richa ao conseguir a reeleição em 2008.
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