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Greve

Proposta do governo não agrada servidores da Polícia Federal

O Ministério do Planejamento fez uma proposta de reajuste salarial para os servidores administrativos da Polícia Federal, que completaram dez dias de paralisação nacional nesta sexta-feira (5). A nova tabela remuneratória do governo está sendo analisada pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (Sinpec-PF), mas ainda não atende a todas as reivindicações da categoria.

Segundo a servidora Carmem Kappout, representante sindical do Sinpec-PF no Paraná, o principal objetivo dos grevistas, a reestruturação da carreira, não foi mencionado na contraproposta do governo. "Fizeram uma proposta de reajuste em três vezes. Um aumento em 2008, outro em 2009 e o último em 2010, mas em nenhum momento falaram da reestruturação da carreira, que é a nossa principal bandeira", afirmou Carmem.

De acordo com a servidora, depois da reunião desta quinta-feira (4), onde o sindicato discute a nova proposta com o Ministério do Planejamento, será repassada a decisão para os sindicatos estaduais. "A proposta ainda está muito nebulosa, foi nivelado por baixo. Não explicaram se o valor é uma gratificação ou se isso vai incidir direto no salário. Ainda não sabemos como será dado o aumento, qual o impacto nos nossos vencimentos", explicou.

Na sexta-feira (5), quando receberem a proposta fechada de Brasília os servidores farão uma assembléia para decidir sobre o fim da greve. "A tendência é que o sindicato não aceite essa primeira proposta e continue a negociação", prevê Carmem.

Atuação

Os servidores administrativos da PF são responsáveis por atividades nas áreas administrativas, financeira, de recursos humanos e de emissão de passaportes. São funcionários contratados por meio de concurso público, em nível médio e superior. A principal reivindicação dos grevistas é a reestruturação Plano Especial de Cargos da PF.

Adesão

No Paraná a greve tem maior adesão em Curitiba, onde se concentra a maioria dos servidores administrativos da PF. "No interior a adesão é pequena, porque somos poucos servidores trabalhando e não dá para parar totalmente", esclareceu Carmem. Em Curitiba, os servidores mantêm 30% do efetivo realizando as atividades em regime de escala. O setor de passaportes funciona normalmente.

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