Proprietários de funerárias da RMC querem prestar serviços em Curitiba| Foto: Valterci Santos / Agência de Noticias Gazeta do Povo

Proprietários de funerárias da região metropolitana de Curitiba (RMC) protestaram na tarde desta quinta-feira (19) contra a restrição de escolha de funerárias das cidades em que ocorreu o óbito. A manifestação aconteceu por volta das 14 horas, na Boca Maldita, no Centro de Curitiba. Os empresários querem que estabelecimentos da região metropolitana possam atuar na capital paranaense.

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As emendas ao projeto de lei estadual - que pretende acabar com o rodízio de funerárias e prevê liberdade de escolha para os familiares das pessoas que morreram - são um dos alvos do protesto. De acordo com os empresários da RMC, as emendas são o oposto do projeto, pois pretendem restringir o serviço, enquanto que o projeto pretende que a escolha seja da família. O projeto é do deputado estadual Jocelito Canto (PTB) e foi aprovado em primeira votação no dia 27 de outubro.

A mesma restrição está prevista na Lei Municipal de Curitiba 12.756/2008, argumentam os manifestantes. "Defendemos a livre contratação. Precisa haver concorrência para que a família possa negociar os preços pedidos", disse João Luiz Alves, proprietário de uma funerária em Colombo. Segundo o empresário, se o serviço funerário fosse prestado por uma autarquia da prefeitura de Curitiba poderia haver restrições, no caso de empresas particulares isso não pode acontecer.

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Atualmente 21 funerárias têm autorização da prefeitura para prestarem serviços em Curitiba.

Já o Sindicato dos Estabelecimentos dos Serviços Funerários do Estado do Paraná (Cessepar) afirmou que não apoiou a manifestação. Segundo o presidente do Cessepar, Gélcio Miguel Schibelbein, é preciso que as empresas funerárias prestem serviços apenas nas cidades em que possuem permissão ou concessão para que o serviço possa ser fiscalizado pelas prefeituras. "Podemos comparar com os táxis. Se todos os táxis da RMC pudessem trabalhar em Curitiba, haveria muita confusão. O mesmo acontece com as empresas funerárias", afirmou Schibelbein.