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Mais de 500 manifestantes participaram de um protesto no Centro de Curitiba, nesta segunda-feira (2), contra o possível aumento no valor das passagens de ônibus de R$ 2,85 para R$ 3,15. A Polícia Militar afirmou que 300 pessoas participaram do evento. A organização, por outro lado, disse que o protesto chegou a contar com 1,5 mil participantes.
O grupo se reuniu na Boca Maldita e faz uma passeata pelas ruas da cidade. A manifestação causou congestionamentos na praça Rui Barbosa, na rua André de Barros, no Terminal Guadalupe, na avenida Afonso Camargo, em frente a Rodoferroviária e na Mariano Torres. Algumas linhas de ônibus foram obrigadas a desviar o itinerário.
Organizado pela rede social Facebook, o protesto foi mobilizado pela Frente de Luta pelo Transporte e contou com o apoio da Rede Contra o Tarifaço Curitiba e de outros movimentos populares.
De acordo com a Frente de Luta pelo Transporte, Prefeitura de Curitiba e governo do Paraná estão fugindo de suas responsabilidades financeiras para com a Rede Integrada de Transporte ao permitir o aumento da tarifa. Até o momento, a manifestação tem 32 mil confirmações de presença.
O estudante Willian Rocha, 19 anos, disse ser contra o passe livre. "É um absurdo. O sistema tem custos. Tudo o que o Estado coloca a mão quebra", diz. Na manifestação, levava um cartaz: "PM, se vir um black boc, pode bater". Rocha conta que foi intimidado por um manifestante e teve de guardar o cartaz. Outro estudante, Luan Rosa, é contra o aumento da tarifa. "São mais de mil contra o aumento da tarifa. Transporte não é mercadoria. E este protesto também é contra a desintegração anunciada semana passada", afirma.
Michel Alves, um motoboy que ficou preso no trânsito por causa do protesto, acha que a manifestação é válida. "Vale como pressão. Não existe protesto sem mexer com a cidade. Uns dez minutos parado aqui vai valer muito se não aumentarem a tarifa", opina.
Sem confrontoCom medo de depredação, a Prefeitura de Curitiba isolou a entrada do Palácio 29 de março, na avenida Cândido de Abreu.
No entanto, o protesto foi pacífico e não houve registro de confronto e vandalismo. Jovens mascarados acompanharam o grupo, mas não agiram. Num determinado momento, exaltados, jovens queimaram um boneco improvisado do prefeito Gustavo Fruet e uma catraca simbólica de papelão. A Polícia Militar e a Guarda Municipal acompanharam os manifestantes. A organização do protesto não divulgou o trajeto da passeata para evitar o choque com a polícia. Uma nova manifestação foi agendada para quinta-feira (5), às 18h, na Boca Maldita. Veja fotos do protesto
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