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Queixas por falta d’água da Sabesp sobem 62% neste ano na capital

O número de reclamações por falta d’água registradas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) na capital paulista cresceu 62,5% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014, quando a crise hídrica teve início oficialmente. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação e divulgados pelo site Fiquem Sabendo.

Segundo o levantamento, foram 140.752 queixas contabilizadas pela estatal por cortes no abastecimento entre janeiro e junho de 2015, ante 86.586 registros no primeiro semestre do ano passado. Das 15 divisões regionais da Sabesp na capital, 13 registraram aumento no número de reclamações por falta d’água neste ano. Só as regiões de Santo Amaro e Interlagos, abastecidas pelo Sistema Guarapiranga, tiveram queda nos registros.

A região de Santana, na zona norte paulistana, foi a recordista nesse tipo de queixa, com 16.034 reclamações. O local é abastecido até hoje pelo Sistema Cantareira e sofre mais com o racionamento de água feito pela Sabesp por meio da redução da pressão e do fechamento manual da rede durante a maior parte do dia. No ano passado, foram 9.798 ocorrências. O segundo lugar ficou com o Butantã (zona oeste), com 15.797 registros. O local recebe água tanto do Cantareira quanto do Guarapiranga.

Nas regiões da Sé (centro), Ipiranga (zona sul) e São Mateus (zona leste), o número de queixas decorrentes da interrupção no fornecimento de água mais do que triplicou, de acordo com o levantamento. A crise hídrica atingiu o nível mais crítico no início de fevereiro deste ano, quando o estoque de água nos seis mananciais que abastecem a Grande São Paulo ficou abaixo de 15%. Agora, a capacidade acumulada está em cerca de 25%. Há um ano, superava os 30%.

Em nota, a Sabesp informou que “o número de reclamações por falta d’água entre o primeiro semestre de 2014 e o primeiro semestre de 2015 corresponde a aproximadamente 2% dos clientes atendidos pela companhia no município de São Paulo”, cerca de 3 milhões de ligações. Segundo a companhia, há mais de um registro feito por cliente. Em julho, durante uma audiência no Congresso, em Brasília, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que “ninguém ficou sem água” durante a crise.

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