Rio de Janeiro - A recuperação do Rio de Janeiro, depois das chuvas que resultaram na morte de pelo menos 249 pessoas, poderá custar entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões. O cálculo é do prefeito do Rio, Eduardo Paes. Segundo ele, a prefeitura está elaborando um mapeamento geológico da cidade para identificar em que áreas há encostas e que regiões podem ou não receber reassentamentos. Na madrugada de ontem, um deslizamento de pedras fechou uma das pistas da rodovia Rio-Santos, na altura do km 445.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, deverá receber hoje a conclusão do Plano Diretor de Remoção, que vai mapear as áreas de risco em todo o estado. Ele deverá assinar um decreto para retirar à força as famílias que vivem em áreas consideradas de altíssimo risco. O mapeamento vai seguir quatro classificações: baixo risco (cor azul), médio risco (cor amarela), alto risco (cor vermelha), e altíssimo risco (cor preta). As pessoas que residem nas áreas consideradas de altíssimo risco deverão sair imediatamente de suas casas. No caso de recusa, poderão ser retiradas pela polícia.
O presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio, Luiz Zveiter, defendeu ontem que as remoções em favelas ocorram até mesmo sem a apresentação de laudos técnicos sobre as áreas de risco. "Se há necessidade de demolição e a gente pode superar algum laudo, verificar visualmente, através de um perito, que há possibilidade de cair, vamos fazer. Não vamos nos ater à Lei Orgânica, a isso ao aquilo. O tecnicismo às vezes contribui para o caos e para a catástrofe", afirmou Zveiter.
Demolição
A demolição de 150 das 1,2 mil casas condenadas pelas chuvas no Complexo do Alemão, no Rio, começou na manhã de ontem. Cerca de 4,8 mil pessoas tiveram de deixar suas casas. Outros 100 imóveis devem ser derrubados na Comunidade Fazendinha, 100 no Conjunto das Casinhas, 250 no Morro do Adeus e 600 no Vale da Esperança. Os moradores receberão o aluguel social, no valor de R$ 400.
O temporal da semana passada causou impacto também no turismo. Só com o fechamento do Cristo Redentor, cujos acessos estão interditados sem previsão de abertura, o prejuízo mensal para o governo federal será de R$ 3 milhões. Em todo o Parque Nacional da Tijuca há 283 pontos de deslizamento. A Estrada de Ferro do Corcovado e a Estrada das Paineiras, principais acessos ao Cristo, estão obstruídas. E o caminho alternativo, a Estrada do Redentor, cedeu. Os serviços de limpeza e obras de contenção começaram ontem e a previsão é de que o trabalho dure seis meses.
O número de mortos no estado subiu para 249 ontem. Niterói já soma 164 óbitos. O estado registra ainda 161 pessoas feridas em decorrência das chuvas.
Depois do deslizamento de ontem, não há previsão para liberação total da Rodovia Rio-Santos. As pedras deverão ser implodidas. Os motoristas que se dirigem para o Rio não encontram dificuldades, já os motoristas que saem do estado em direção a São Paulo devem usar a Rodovia Presidente Dutra e retornar para a Rio-Santos.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião