Depois de cinco meses de investigações e 47 depoimentos, os deputados que integram a CPI das Milícias reuniram provas, nesta quinta-feira (13), do suposto envolvimento de mais de 150 pessoas em grupos armados que controlam diversas áreas da cidade. Entre os indiciados estão o deputado Natalino Guimarães, o vereador Jerominho, e a vereadora eleita Carminha Jerominho.

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O ex-PM Ricardo Teixeira da Cruz, também conhecido como Ricardo Batman, também faz parte da lista do relatório. Ele é considerado um dos criminosos mais perigosos da quadrilha que atua em Campo Grande, na Zona Oeste da cidade. Batman fugiu pela porta da frente do presídio Bangu 8 há 17 dias.

De acordo com o relatório da CPI, as milícias atuam em 170 áreas do Rio de Janeiro. A maior parte está concentrada na Zona Oeste, em bairros como Jacarepaguá e Campo Grande.

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Os deputados elaboraram propostas para tentar combater o poder das milícias. Segundo eles, deve ser considerado crime a formação de currais eleitorais, e também o uso abusivo de centros sociais em comunidades.

Os parlamentares também querem proibir o porte de armas para homens do Corpo de Bombeiros e sugerem criar uma corregedoria autônoma, para fazer as investigações de policiais envolvidos em crimes.

Além de outros deputados, vereadores, policiais e bombeiros, a lista também cita o vereador Nadinho, de Rio das Pedras, e o sargento dos bombeiros e vereador eleito Cristiano Girão, de Gardênia Azul. Todos os envolvidos negam as acusações.

Seis agentes indiciados

Na quarta-feira (12), a Polícia Civil indiciou seis agentes penitenciários que estavam em serviço no dia da fuga de Ricardo Batman. De acordo com os deputados, cabe ao Ministério Público encaminhar à Justiça o pedido de prisão preventiva.

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Em depoimento, um dos agentes afirmou que não pediu a identidade do inspetor que retirou Batman da cadeia. Ele disse que "não é de costume – por haver duas portarias anteriores, uma delas da Polícia Militar".

A Polícia Militar informou que não vai se pronunciar no momento.