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Revolta da tarifa

Richa diz que polícia deve continuar agindo com firmeza

 | Antonio More/Agência de Notícias Gazeta do Povo
(Foto: Antonio More/Agência de Notícias Gazeta do Povo)

O governador Beto Richa (PSDB) afirmou que a polícia deve continuar agindo com firmeza nos próximos protestos que acontecerem no estado. Em coletiva de imprensa na manhã deste sábado (22), ele comentou o confronto violento entre manifestantes e a polícia durante o ato desta sexta-feira, que resultou em depredação em prédios públicos e particulares, estações tubo e outras peças de mobiliário urbano e saques em lojas e restaurantes. Ao todo 31 pessoas foram detidas e muitas ficaram feridas durante tumultos em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, e da Arena da Baixada.

"Sempre fui favorável às manifestações pacificas, que fazem parte da democracia, mas não aceito atos de vandalismo. Ontem houve cenas chocantes de selvageria. A polícia conseguiu pegar cinco bombas de fabricação caseira no meio do grupo de manifestantes", afirmou. "A policia vai continuar agindo com firmeza, mas de forma equilibrada, sem excesso e sem abuso", completou.

Richa pediu ao secretário de segurança, Cid Vasques, para que haja rapidez nas investigações para identificar os responsáveis pela depredação e pelos saques. Eles devem ser responsabilizados pelos atos criminosos.

Vasques anunciou que vai disponibilizar um espaço nos sites das Polícias Militar e Civil e da Secretaria de Segurança para que as pessoas que estavam no ato possam mandar imagens ou denúncias sobre o vandalismo. Segundo ele, a página deve entrar no ar até este domingo (23).

Cerca de 50 membros da Guarda Municipal estavam na Prefeitura na hora do tumulto, afirmou Vasques. Sobre a mesma questão, Richa respondeu que "os policiais estavam em todos os lugares em que deveriam estar". As afirmações vêm depois de relatos de que não havia policiais no local durante o tumulto. O prédio da Prefeitura foi um dos que mais sofreu com a ação dos vândalos. Janelas foram quebradas e os danos ao prédio fizeram com que o sistema telefônico 156, que compreende vários serviços do município, ficasse fora do ar por 15 minutos.

Richa afirmou, ainda, que não ouviu o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff (PT) porque estava no Fórum Mundial do Meio Ambiente, em Foz do Iguaçu, na hora.

Prisões

A manifestação desta sexta-feira (21) terminou com 31 pessoas detidas, sendo que oito são adolescentes. Às 11 horas do dia seguinte, apenas sete continuavam presas. Outros sete manifestantes apreendidos pagaram fiança de R$ 2 mil e foram liberados. Seis foram liberados no local. Outras três pessoas foram presas pela Guarda Municipal. Três policiais tiveram ferimentos leves. Não há o número exato de feridos entre os manifestantes.

Entre os 14 detidos, cinco foram encaminhados à delegacia acusados de dano qualificado e formação de quadrilha. Três respondem por danos ao patrimônio e outros três por danos ao patrimônio público. Esses últimos também respondem por danos ao patrimônio qualificado e formação de quadrilha. Uma pessoa foi presa por desacato, outra por resistência e rixa e outra por desacato e incitação ao crime.

Os adolescentes são acusados de desacato, tentativo de lesão corporal e dano qualificado. Eles prestaram depoimento e foram soltos depois de assinarem boletim de ocorrência circunstanciado, que os obriga a comparecer novamente à Justiça para dar mais explicações.

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