A falta de chuvas no Paraná nos últimos dias fez com que o risco de incêndios florestais no estado chegasse ao nível mais alto registrado em 2006, segundo o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil. Até a tarde desta sexta-feira (5), os bombeiros monitoravam oito grandes focos de incêndio espalhados por várias regiões paranaenses. O maior deles continua sendo no Parque Nacional de Ilha Grande, onde o fogo está fora de controle.

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Para os bombeiros, o maior problema é que a estação seca começou muito antes do inverno, como é comum. Só nesta última semana, 236 incêndios florestais foram atendidos em todo o Paraná. Um deles atingiu o Parque Estadual Vila Velha, em Ponta Grossa, na terça-feira.

Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, as regiões Norte e Central do estado são as com maior risco de incêndios. E se o tempo seco é o maior problema, a previsão de mais seca para os próximos dias torna a situação ainda mais complicada.

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De acordo com a reportagem do Paraná TV, nessa época do ano as queimadas não são comuns apenas nos grandes parques estaduais. Segundo o tenente Eduardo Pinheiro, Coordenadoria da Defesa Civil, há chamadas para controlar o fogo em terrenos baldios nos centros urbanos e também na beira de estradas. Esses focos esporádicos seriam causados por pessoas que queimam lixo ou tentam limpar um terreno, mas perdem o controle do fogo. As chamas podem atingir casas e a rede elétrica, além da fumaça que pode dificultar a visão dos motoristas de veículos e causar acidentes.

Ilha Grande

Ventos mais intensos dificultaram ainda mais os trabalhos desta sexta-feira (5) do Corpo de Bombeiros e das brigadas de incêndio no combate ao fogo que toma conta do Parque Nacional de Ilha Grande, em Altônia, divisa entre o Paraná e Mato Grosso do Sul. As chamas continuam se espalhando rapidamente, queimando a mata seca e diminuindo as esperanças de que o incêndio seja controlado.

De acordo com o chefe da divisão de Defesa Civil, capitão Maurício Genero, os trabalhos não serão suspensos, mesmo com as poucas chances de que o fogo seja extinto pelo trabalho dos bombeiros. "O trabalho vai continuar até que o incêndio seja controlado. Para os bombeiros, não existe essa possibilidade (de suspender o trabalho e deixar o parque em chamas). Para nós, a maior dificuldade continua sendo a falta de chuvas e a área que o fogo está queimando", assegura o capitão.

As chamas seguem transformando a parte Norte de Ilha Grande, a maior das ilhas que integram o parque, em cinzas. No local, o capim seco e denso que cobre o banhado favorece o fogo, e só é possível chegar até o foco do incêndio por meio dos dois helicópteros que seguem atirando água sobre a área. A atual situação tornou pouco útil a chegada de mais dez bombeiros para auxiliar os outros 50 que já estavam no local.

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O incêndio no Parque Nacional começou há sete dias, com mais de 55 quilômetros de área de preservação ambiental queimada. A área de vegetação nativa que não foi atingida pelo fogo, mais ao Sul da ilha, está sendo resguardada pelos bombeiros, segundo Genero.

Veja a situação preocupante em todo o Paraná na matéria em vídeo