Estelionatários fingindo ser funcionários de hospitais que integram a Irmandade Santa Casa de Londrina (Iscal) – Santa Casa, Hospital Infantil e Mater Dei – têm entrado em contato com familiares de pacientes dessas unidades para solicitar depósitos em dinheiro que seriam utilizados para pagar exames e medicamentos. Nesta semana, foram cinco casos registrados envolvendo pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de instituições da Iscal.
A informação é da própria assessoria da Irmandade, que divulgou na terça-feira (1º) um alerta público para prevenir futuras vítimas. Segundo a assessoria, os falsos médicos têm acesso a dados de pacientes e utilizam as informações para fazer pedidos de depósito, por telefone, aos familiares de pacientes internados principalmente nas UTIs.
O hospital, no entanto, não soube explicar como dados e contatos de pacientes acabam nas mãos dos criminosos.
Em 2015, o mesmo golpe já foi registrado em diversas Santas Casas do País, principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Na internet, há uma profusão de histórias semelhantes. Em Londrina, a Iscal havia registrado um único caso em abril.
Mas só nesta semana, familiares de cinco pacientes foram procurados pelos golpistas e, segundo a assessoria, uma família chegou a fazer o depósito solicitado.
Para prevenir novos golpes, a Iscal preparou cartazes alertando sobre o golpe para serem fixados nos hospitais que integram a irmandade. Para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), ressaltou a assessoria, já há cartazes informativos sobre a proibição da cobrança de qualquer procedimento. Os novos cartazes irão alertar também os pacientes de convênio.
A Iscal ressalta que eventuais cobranças podem existir, mas qualquer valor só é solicitado após o comparecimento do familiar diretamente na unidade. Nada é recebido por depósito em contas, como requisitam os golpistas.
Por enquanto, a Iscal não registrou boletins de ocorrência sobre a questão, mas orienta quem receber tais ligações a comunicar formalmente o caso à Polícia Civil.
Dúvidas podem ser dirigidas diretamente aos hospitais, por telefone ou pessoalmente.
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