Está marcado para este sábado o sacrifício sanitário dos 43 animais da Fazenda Santa Izabel, no município de Grandes Rios (norte do estado). A previsão da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab) é que os trabalhos comecem às 8 horas da manhã. A Santa Izabel será a quarta propriedade no Paraná, das sete decretadas foco de febre aftosa pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a ter os animais sacrificados. Nesta sexta-feira a Seab concluiu o abate dos 84 animais da Fazenda Flor do Café, em Bela Vista do Paraíso. A execução começou às 11 h e às 14 h a vala, de 30 metros de comprimento, 6 de largura e 5 de profundidade, já estava coberta. Na quarta-feira, 377 animais das fazendas Cesumar e Pedra Preta, em Maringá, foram sacrificados e enterrados em uma única vala.

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Assim como no procedimento da Cesumar e Pedra Preta, a execução foi com um tiro na cabeça. Três atiradores da Polícia Militar foram os responsáveis pelos disparos de carabina 38 mm. Desta vez, no entanto, os animais receberam injeções com tranqüilizantes, para evitar que virassem de costas para o atirador ou ficassem agitados, como ocorreu na primeira etapa do sacrifício. Com a medida, o abate na Flor do Café foi mais rápido. Levou, em média, 2 minutos e meio por animal contra os 3 minutos do sacrifício em Maringá.

Exames

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A necropsia, única exigência dos proprietários dos focos no Paraná para aceitar o abate, foi acompanhada pela técnica uruguaia Rossana Allende, do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa). Na Flor do Café, dois animais foram submetidos à perícia. O material será encaminhado, ainda neste sábado, junto com as amostras recolhidas em três animais da Cesumar e um da Pedra Preta, para o Rio de Janeiro. Os resultados devem sair em até 30 dias. No sacrifício deste sábado serão dois os animais periciados. Ambos apresentaram resultado positivo nos exames de sorologia, usados pelo Mapa, junto com a vinculação epidemiológica, para decretar os focos no Paraná.

O sacrifício sanitário é uma exigência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que tem o Brasil como um dos 70 signatários, para que o estado reconquiste o status de área livre de febre aftosa com vacinação em seis meses. O tempo só começa a ser contado com o sacrifício de todos os animais dos focos. Depois disso, as propriedades ficam por cerca de 30 dias em vazio sanitário, e por mais 30 com animais sentinelas, que são monitorados. Se os animais sentinelas, não vacinados, apresentarem sorologia negativa e sinais clínicos normais, a área serão totalmente liberada.

Sete propriedades estão interditadas desde 21 de outubro, há quatro meses e meio, quando foi anunciada no estado a suspeita da doença. Todas elas têm no rebanho animais que tiveram contato com o rebanho infectado dos focos de aftosa no Mato Grosso do Sul. Fazendas em um raio de dez quilômetros dos focos também continuam interditadas.

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