O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, lamentou os episódios envolvendo agressões de policiais militares a manifestantes e jornalistas. Ele determinou a abertura imediata de investigações, pela Corregedoria da PM, "para apurar rigorosamente os fatos".
Durante as manifestações, sete jornalistas da Folha de S.Paulo foram feridos. Os repórteres Giuliana Vallone e Fábio Braga foram atingidos no rosto por disparos de bala de borracha da Tropa de Choque da Polícia Militar enquanto cobriam o protesto. Por volta das 20h, Giuliana subia a rua Augusta registrando o protesto quando foi atingida.
A cabeleireira Valdenice de Brito, 40, testemunhou o momento do disparo. "Quando ela me disse para sair dali por causa do tumulto, um policial mirou e atirou covardemente nela."
Giuliana foi socorrida por funcionários de um estacionamento. Outros cinco jornalistas da Folha de S.Paulo também foram atingidos. Um deles, o repórter-fotográfico Fábio Braga foi atingido por dois disparos. Um atingiu o rosto e o outro a virilha.
O prefeito Fernando Haddad (PT) disse que não reduzirá a tarifa de ônibus na cidade de São Paulo. Ele reafirmou que o aumento de R$ 3 para R$ 3,20 ficou abaixo da inflação e que cumpriu compromisso de sua campanha.
Haddad acompanha o ato do seu gabinete e disse que esperaria um balanço para opinar sobre o protesto de hoje. O prefeito se disse favorável a manifestações desde que ocorram de modo pacífico.
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