Veja que quem chegou para trabalhar na UPE encontrou a sede depredada
- RPCTV
Um casarão do Centro de Curitiba, onde funciona a sede da União Paranaense dos Estudantes (UPE), sofreu um "quebra-quebra" após ter sido invadido, na madrugada deste sábado (17). Um levantamento preliminar realizado pelos diretores da agremiação aponta que o prejuízo passa de R$ 5 mil. Na quarta-feira (14), a UPE participou de uma manifestação chamada de "Caça-Fantasmas", que pedia o afastamento do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Nelson Justus (PMDB).
Segundo o presidente da UPE, Paulo Moreira, a principal porta de entrada da sede foi destruída e vidros das janelas de um auditório foram quebrados. Os invasores também forçaram uma porta no andar superior e danificaram móveis, que aparentemente foram jogados contra as paredes. Entretanto, nada foi furtado, de acordo com Moreira.
Os estudantes ligados à entidade perceberam a depredação pela manhã deste sábado, quando foram ao local pegar materiais que estavam guardados na sede e que seriam apresentados em um fórum. Segundo os integrantes da UPE, uma viatura da Polícia Militar esteve na sede e registrou a ocorrência. A Polícia Civil vai investigar o caso à partir desta segunda-feira (19). Até o fim da tarde deste sábado não haviam informações sobre a condução das investigações e nem o nome do delegado que ficará responsável pelos trabalhos.
Por volta das 11h30, integrantes da UPE estavam no local, tentando reparar os estragos. Eles colocavam tapumes nas portas e nos vidros para impedir, ainda que provisoriamente, novas invasões.
Ainda não se sabe quem foi o autor da invasão, mas as agremiações estudantis estranham que o incidente tenha ocorrido na mesma semana que os estudantes promoveram a manifestação cobrando a saída de Justus. "É muita coincidência tudo isso acontecer logo depois da passeata", disse Moreira. Também para o presidente da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas, Mário de Andrade, a invasão da sede pode ter sido uma represália ao ato público promovido pelas organizações estudantis. "O estado é o único inimigo declarado que temos. Não podemos afirmar, mas evidentemente tudo isso pode ter relação com as manifestações", avaliou.
Os diretores das organizações descartam a possibilidade que dissidências do próprio movimento estudantil tenham sido autores da invasão. De acordo com os líderes dos alunos, apesar de haver várias correntes dentre os estudantes, todos estão coesos para reivindicar respostas às denúncias apresentadas pela série de reportagens Diários Secretos, apresentados pela Gazeta do Povo e da RPC-TV.
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