Para a polícia, crime teria sido motivado por vingança
De acordo com a polícia, a vingança teria sido o estopim da maior chacina do Paraná. Dirceu de Souza Pereira, enteado de Jair Correia, teria sido assassinado por Manoel Pascoal da Silva e Zaqueu Herculano, a mando de Jossimar Marques Soares, o Polaco, semanas antes da chacina do dia 22 de setembro. Dirceuzinho, como era conhecido, teria desviado uma carga de maconha de propriedade de Polaco, líder local do contrabando e do tráfico. Foi morto em retaliação ao desvio, estimado pela polícia em R$ 4 mil. No velório de Dirceu, Jair teria jurado vingança contra Polaco.
A partir daí ainda existem algumas dúvidas a serem esclarecidas pela polícia. Inicialmente, o terceiro participante da chacina foi identificado como sendo Gleisson Correa, outro filho de Jair. Na seqüência das investigações, a informação foi negada pelo delegado de Guaíra, Pedro Lucena, e pelo promotor de Justiça Marcos Cristiano Andrade. Em seu depoimento, Ademar também diz que não conhecia o terceiro participante do crime.
Armas
A polícia também investiga a origem da armas utilizadas pelo grupo. Existe a suspeita de que um traficante de drogas que atua no Paraguai e seria rival de Polaco teria fornecido o armamento pesado utilizado pelo trio. (GV)
Ademar Fernando Luiz, de 27 anos, suspeito de ter participado da chacina de Guaíra, na qual 15 pessoas foram assassinadas no dia 22 de setembro, foi preso na manhã de ontem em Lucas do Rio Verde, no estado de Mato Grosso, a 350 quilômetros da capital, Cuiabá.
A prisão foi feita por policiais paranaenses do Departamento de Narcóticos (Denarc) em parceria com o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso. Segundo a assessoria de imprensa do Gaeco, Ademar Luiz estava na casa de conhecidos, não tentou reagir e confessou a participação no crime.
Em depoimento prestado ao delegado Carlos Daniel dos Reis, do Denarc de Cascavel, Ademar afirma que o crime teria sido cometido por ele, por Jair Correia preso em Rosana (SP) no último dia 15 , e por uma terceira pessoa que ele diz ter conhecido apenas no dia do massacre. Após a execução, os três teriam fugido de barco para o Paraguai, onde ficaram no mato durante quatro dias. A fuga para o Paraguai foi a primeira linha de investigação adotada pela polícia nos primeiros dias após a chacina. Diversas diligências foram feitas atrás dos suspeitos em território paraguaio. Quando Jair Correia foi apresentado à imprensa, porém, o secretário da Segurança, Luiz Fernando Delazari, negou que os três tivessem passado pelo Paraguai.
Depois de alguns dias, o trio teria ido até a cidade paraguaia de Salto Del Guairá, na fronteira com Mundo Novo (MS) e Guaíra, para comprar roupas. De lá, teriam seguido para Itaquiraí, em Mato Grosso do Sul, onde teriam se separado, com Ademar seguindo para Lucas do Rio Verde. Segundo ele, Jair disse que iria para São Paulo e o terceiro membro do grupo, chamado por Correia de "Cururu", iria fugir para a Bolívia.
Após ser apresentado à imprensa mato-grossense, Ademar foi levado ao aeroporto de Várzea Grande, onde tomou um avião para Cascavel. A chegada de Ademar era aguardada por volta da meia-noite de ontem. Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública afirma que será concedida entrevista coletiva hoje, dando mais detalhes da prisão.
Jair Correia, de 52 anos, tido como mentor da chacina, foi preso há uma semana em Rosana, no Pontal do Paranapanema, no estado de São Paulo, após ter passado vários dias dormindo no mato e em um barco às margens do Rio Paraná. À imprensa, porém, Correia negou a autoria do crime. Disse que era pescador, que teria ouvido sobre o crime em um radinho de pilha e que fugiu por medo de repesálias contra si e sua família. Ele confirmou, porém, que pretendia chegar até São Paulo, onde tem família.
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