O diretor geral da Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania (Seju), Luiz Carlos Giublin Júnior, deve receber na tarde desta quarta-feira a lista com os 21 nomes dos presos que lideraram a rebelião no Centro de Detenção e Ressocialização (CDR). Além dos nomes, os detentos vão indicar os estados do país para onde desejam ser transferidos. Na tarde de terça-feira, representantes da Seju estiveram reunidos com uma comissão de presos.
A exigência da tranferência foi o principal motivo que levou 114 presos se rebelarem no fim da manhã de segunda-feira. Um agente carcerário e uma enfermeira foram feitos reféns. Para libertá-los, e colocar fim ao motim, a Seju deu a garantia de que irá remeter os pedidos de transferências aos órgãos responsáveis. Não houve feridos. Os 21 presos já foram transferidos para a Penitenciária Central do Estado.
"Para nós (Seju) não há nenhum impedimento em transferí-los. Recebemos muitos pedidos. Mas, deixamos claro aos presos, que não depende da secretaria", conta Giublin. O trâmite, segundo o diretor, seria: encaminhar à Vara de Execuções Penais os nomes dos presos e os destinos. Autorizado, a Vara de Execuções Penais do estado requerido, o Departamento Penitenciário (Depen) e a Secretaria de Justiça devem ser acionados. "Se todos esses órgãos consentirem, a transferência é feita", explica.
A maioria dos 21 presos, conta o diretor, são dos estados de Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul e não teriam nenhum tipo de ligação com o Primeiro Comanda da Capital (PCC), do estado de São Paulo. "São presos que respondem por muitos crimes, latrocínio, tráfico, assalto, entre outros", diz Giublin.
Perguntado sobre a possibilidade da transferência não acontecer, já que não depende da Seju, o diretor geral informou que deixou bem claro aos presos desta chance. "Eles sabem que vai ser bastante difícil e que depende dos estados e não do Paraná", conta. Sobre a reportagem da Gazeta do Povo desta quarta-feira, que diz que o governo do estado foi alertado no mês de maio sobre a possibilidade do motim, Giublin disse que toda a semana a Seju recebe informações de rebeliões. "Sempre tomamos as providências cabíveis, mas é impossível conter todos os tumultos", esclareceu.
A Seju deve encaminhar os pedidos de tranferência aos estados na semana que vem. A partir daí, vai depender de cada estado decidir se receberá ou não o preso.
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