O Edifício José Correia de Freitas, nas proximidades da Praça Rui Barbosa, em Curitiba, foi multado pela terceira vez pela Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi). O condomínio do prédio, que fica nas esquinas das ruas José Loureiro e Desembargador Westphalen, foi multado em R$ 6 mil nesta quinta-feira (19). Segundo o engenheiro Jorge Castro, da Cosedi, o condomínio não tomou as medidas solicitadas pelo órgão de fiscalização da prefeitura. Na quarta-feira da semana passada (11), o engenheiro já havia multado o prédio.

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O maior problema, segundo a Cosedi, é que o edifício apresenta deslocamento do reboco da fachada, que pode atingir pessoas que passam pela calçada. "Não fizeram nada por enquanto. Eles deviam pelo menos ter iniciado a colocação de uma tela de proteção para evitar que caiam coisas na calçada", disse Castro.

De acordo com o engenheiro, na parte interna do prédio foram feitas algumas reformas, na parte da prevenção de incêndio, mas ainda faltam mais trabalhos. "A qualquer momento posso voltar lá e multar novamente, se não começarem as mudanças. A multa será em dobro e vai para R$ 12 mil", explicou. O prédio não está interditado e os moradores podem ficar normalmente no local.

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Segundo a prefeitura, o Edifício José Correia de Freitas foi inaugurado em 1952, tem 14 andares, um bloco residencial e outro comercial. Desde 2002 a Cosedi recebe denúncias sobre o prédio. O engenheiro Jorge Castro afirmou que o órgão de fiscalização da prefeitura está intensificando as vistorias nos prédios que não fazem as obras solicitadas pela Cosedi.

Edifício Don José

Desde o dia 5 deste mês está interditado o Edifício Don José, nas esquinas das ruas José Loureiro e Monsenhor Celso. Na quarta-feira (18), o síndico e advogados do condomínio tiveram uma reunião com o engenheiro Jorge Castro da Cosedi. Foi colocada uma tela de proteção do lado externo do prédio, para evitar que algum pedaço do revestimento se solte e atinja alguém na calçada.

"Eles pediram para a Cosedi desinterditar, que vários inquilinos que pagam aluguel estão deixando o prédio e isso está gerando prejuízos ao condomínio. Mas a interdição continua. A rede de proteção não era o único problema no prédio. Precisam ser tomadas outras medidas preventivas", concluiu o engenheiro.

Jorge Castro deu mais uma semana para que as solicitações da Cosedi sejam atendidas. "Como mostraram que estão tomando providências, demos um tempo de prazo para o condomínio e vamos fazer nova vistoria na próxima semana", definiu.

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