A distribuição dos "kits de inverno" que eram entregues a cobradores das 359 estações-tubo de Curitiba foi suspensa pela prefeitura. Com a medida, anunciada nesta terça-feira (27), estes trabalhadores estão formalmente liberados para utilizarem casacos, agasalhos, blusas de lã, mantas e outras peças de roupas que não tenham relação com o uniforme dos cobradores, mas que os ajudem a enfrentar as baixas temperaturas. A determinação não é válida para motoristas nem para cobradores que trabalham dentro dos ônibus.
A resolução da administração municipal de não obrigar mais as empresas de transporte a distribuírem os kits compostos de manta, luvas, pulôver, touca e jaqueta é imposta um ano depois de os cobradores enfrentarem um inverno rigoroso na capital paranaense sem as peças de frio que deveriam ter recebido. Isso porque, no ano passado, um impasse envolvendo os sindicatos das empresas (Setransp) e dos motoristas e cobradores (Sindimoc) terminou na distribuição de apenas 40 dos 4,4 mil kits previstos.
Em seu site, a prefeitura informou que a medida representa uma economia de quase R$ 400 mil no custo do transporte da capital, e que tal decisão ajuda a manter a tarifa do usuário em R$ 2,70.
A liberação do uso do uniforme obrigatório durante o inverno foi formalizada pela Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), que gerencia o sistema de transporte na capital, na semana passada. O sindicato patronal e que representa os trabalhadores foram comunicados por meio de ofícios.
Recomendação
Apesar permissão para utilizar outras peças que não as do uniforme, a recomendação é de que as roupas escolhidas sejam de tom neutro.
Além disso, são proibidas peças de roupas com mensagens de cunho político e religioso e de times de futebol. A exceção, nesse caso, quanto à Copa do Mundo 2014. Nos dias de jogos do Brasil, motoristas e cobradores estão autorizados a usar camisetas e bonés alusivos à seleção brasileira.
Sindicato quer mudança em estações
O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba informou que vê como positiva a postura adotada pela prefeitura, mas ressalta que isso não vai ajudar a solucionar o problema do frio enfrentado pelos trabalhadores.
De acordo com a entidade, o pedido da categoria continua sendo mudanças estruturais nas estações-tubo que evitem a exposição direta dos cobradores ao ar gelado. "De uma certa maneira essa decisão de liberar o uso de roupas de frio é bom, porque no passado além de não darem os kits ainda multavam os cobradores que iam trabalhar com roupa diferente. Mas ainda hoje o nosso pedido continua sendo para que mudem as estações. E pior, a questão é que agora eles já estão fazendo tubos sem portas [de embarque e desembarque], o que piora a situação", declarou o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira.
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