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Sem pagamento, funcionários ligados ao Hospital Evangélico mantêm greve

Funcionários do Centro Médico Comunitário do Bairro Novo decidiram manter a paralisação, iniciada na tarde de quarta-feira (9). Segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas de Saúde (Sindesc), eles vão permanecer de braços cruzados até que os salários atrasados sejam pagos pela Sociedade Evangélica Beneficente (SEB), que administra a unidade.

"A alegação dos servidores é de que eles já não confiam no que diz a direção do Centro. Eles também reclamam do posicionamento da gerência em relação aos atrasos. Dizem que os funcionários são tratados com muito descaso", disse a presidente do Sindesc, Isabel Cristina Gonçalves.

Os funcionários estão com parte do 13º salário e com os vencimentos do mês de dezembro atrasados. De acordo com o Sindesc, apesar da greve, os servidores mantêm o atendimento de urgência e às pessoas que já estão internadas.

"Novos casos que chegam à unidade e que não são graves são encaminhados a outro hospital", informou Isabel.

No centro de especialidades, apenas as consultas eletivas foram mantidas. Os trabalhos dos funcionários da prefeitura, contudo, prosseguem normalmente.

Hospital Evangélico

Na quarta-feira, funcionários do Hospital Evangélico, do bairro Bigorrilho, em decidiram protelar o início da paralisação. Uma assembleia deve ser realizada no dia 21 de janeiro. Se até lá os salários atrasados não forem pagas, eles prometer parar por tempo indeterminado.

Segundo Sindesc, a administração do hospital afirmou que os pagamentos atrasados, bem como a segunda parte do 13º salário e o vale-alimentação referente a este mês serão quitados até o dia 29 de janeiro. Se isso não for cumprido, os funcionários poderão se organizar novamente e programar nova paralisação das atividades. Dívidas

A SEB começou 2013 acumulando R$ 4 milhões em repasses não efetuados pela prefeitura de Curitiba e pelo governo do estado. Segundo o Sindesc, a prefeitura devia R$ 3,6 milhões, referentes a repasses que não eram feitos à SEB desde outubro do ano passado. A prefeitura depositou R$ 1,7 milhão na conta do Evangélico e a expectativa é de que o dinheiro esteja disponível à entidade nesta quinta-feira (10).

"Ao menos, a prefeitura está aberta ao diálogo. Esperamos que essa situação seja resolvida totalmente já na semana que vem", disse Isabel.

Ainda de acordo com o Sindesc, o governo do estado deve R$ 400 mil ao Evangélico. Apesar das tentativas, o sindicato não conseguiu ser recebido por representantes da Secretaria Estadual de Saúde.

Em nota, a direção do Hospital Evangélico disse que continua dialogando com a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba e com o Sindesc para "equacionar os problemas dos repasses financeiros no menor tempo possível".

Quanto aos atendimentos, a hospital informou que decidiu priorizar os atendimentos aos pacientes internados e, por isso, reduziu temporariamente os atendimentos de urgência e emergência.

Nesta quinta-feira (10), o secretário de Saúde de Curitiba, Adriano Massuda, visitou a direção do Hospital Evangélico. Segundo nota oficial divulgada pela assessoria do hospital, a reunião visa "encontrar soluções para dar continuidade ao atendimento". Nenhuma medida efetiva, no entanto, foi divulgada.

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