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Unidade de Pronto Atendimento interditada em Foz do Iguaçu por suspeita de caso de ebola | Christian Rizzi / Gazeta do Povo
Unidade de Pronto Atendimento interditada em Foz do Iguaçu por suspeita de caso de ebola| Foto: Christian Rizzi / Gazeta do Povo

Confira as perguntas e respostas sobre o ebola

Documento do Ministério da Saúde esclarece pontos críticos sobre o comportamento do vírus.

Veja a lista completa das recomendações.

  • Imprensa não tem acesso à área mais próxima da unidade de saúde isolada

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) descartou a suspeita de ebola em Foz do Iguaçu, na região Oeste do estado. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) João Samek, no bairro Três Bandeiras, não está mais isolada, mas vai reabrir apenas a partir das 19 horas. De acordo com a assessoria de imprensa, o paciente suspeito é um comerciante libanês que viajou para a China e não passou por países africanos.

A secretaria chegou a essa conclusão ao analisar o passaporte do paciente. Funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Federal (PF) também foram acionados para checar o documento. A suspeita é que ele tenha sido mal interpretado pelos atendentes da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) João Samek por não falar fluentemente o português. O libanês tem 22 anos e mora em Foz do Iguaçu, onde também reside o pai e a mãe dele.

A Sesa informa que o libanês passou pela China, Dubai, Líbano e Itália e procurou atendimento nesta madrugada na cidade com febre, náuseas e pele amarelada. "O protocolo de suspeita de ebola foi inicialmente acionado pelos profissionais da Unidade de Saúde por conta de suas viagens. Em algum momento houve a informação de que ele poderia ter passado pelos países africanos com circulação do vírus de ebola, mas essa informação foi descartada pelo próprio paciente e as autoridades tiveram acesso a seu passaporte que não registra passagem pela África", explica o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Sezifredo Paz.

O paciente saiu do isolamento e será encaminhado para exames de sangue e de imagens. Uma das suspeitas é de que ele possa estar com pedra na vesícula, segundo o Secretário Municipal de Saúde de Foz do Iguaçu, Charles Bortoli.

O homem que chegou a ser suspeito de ter ebola deu entrada na UPA por volta das 4 horas da manhã desta quinta-feira (16). A unidade foi interditada por volta das 9 horas. A imprensa não teve acesso à área mais próxima da unidade de saúde que ficou isolada.

De acordo com as primeiras informações que foram repassadas pela Secretaria Municipal de Saúde, o homem seria árabe e teria vindo de Serra Leoa há 23 dias. A informação foi corrigida em seguida.

A Rua Iacanga, onde fica a UPA, teve cerca de 150 metros interditados, do trecho que vai da Avenida Guarujá até a Rua Cáceres. Quatro viaturas da Polícia Militar, uma viatura da Guarda Municipal e um carro do Corpo de Bombeiros estiveram no local.

A Secretaria Municipal de Saúde ainda não informou quantas pessoas - entre profissionais e pacientes - ficaram na UPA durante o tempo de interdição.

Ministério da Saúde

Em nota, o Ministério da Saúde também descartou a suspeita de ebola na cidade. De acordo com a nota, o paciente, um homem de 22 anos, brasileiro de descendência libanesa, não passou por nenhum dos três países afetados pela epidemia de Ebola (Serra Leoa, Guiné e Libéria). Ele esteve em viagem internacional e procurou atendimento durante a madrugada relatando febre, náuseas e icterícia.

Treinamento

Nesta segunda-feira (13), os funcionários do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu iniciaram um treinamento para que estejam aptos a atender possíveis casos de pacientes com ebola no local. As informações repassadas aos funcionários fazem parte de uma cartilha que explica como proceder em casos suspeitos. A capacitação abordou formas de agir e quais equipamentos e roupas de segurança precisam ser usados para evitar o contágio.

Cascavel teve suspeita de ebola há oito dias

No último dia 9 de outubro, o guineano Souleymane Bah, de 47 anos, foi internado com suspeita de ebola em uma unidade de saúde em Cascavel, Oeste do Paraná. Todos os pacientes que estavam no local foram mantidos no prédio e passaram a noite no local até que procedimentos de prevenção fossem tomados. Todos os que tiveram contato com o suspeito de ter ebola passaram a ser monitorados. Bah foi transferido para o Rio de Janeiro e permaneceu isolado até que dois exames comprovassem que ele não tinha ebola. O homem recebeu alta nesta quarta-feira (16), depois de passar oito dias internado.

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