Sete pessoas foram presas em Curitiba suspeitas de formarem uma quadrilha que realizava venda ilegal de ouro na capital para lojas que confeccionavam joias de grife da capital. Em um dos casos, foi identificado o funcionário de uma loja que possui um famoso programa de TV, que realiza vendas e leilões de joias em Curitiba. Os ourives trabalhavam no mercado paralelo vendendo o ouro para as lojas por até metade do preço que o mercado legal pratica.
Os trabalhos de investigação foram realizados por equipes do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) da Polícia Civil durante quatro meses após denúncias da Associação dos Relojoeiros e Joalheiros do Estado do Paraná (Arjep). O presidente da associação, Tufy Karam Geara, explicou que as suspeitas surgiram por causa de anúncios em panfletos em que esses ourives anunciavam a compra de ouro. “Esse ouro não tinha destino. Só podia ser derretido”, diz o presidente, que fala na concorrência ilegal que esses ourives praticavam ao cobrar menos pelo ouro vendido às lojas.
De acordo com as investigações, os suspeitos adquiriam ouro principalmente fruto de furto e roubo. Segundo o delegado adjunto do Nurce, Victor Loureiro Almeida, as lojas compravam as peças de ouro que já haviam sido derretidas – vindas de joias – por R$ 70 a grama de ouro, enquanto na Caixa Econômica Federal o preço está em R$ 140. Segundo o delegado, as lojas sabiam da procedência ilegal, “a partir do momento em que compravam ouro sem nota fiscal”, explica.
Foram cumpridos, além dos mandados de prisão, 33 de busca e apreensão que resultaram em R$ 31 mil reais em dinheiro, uma arma e seis munições, além de aproximadamente R$ 800 mil reais em joias. A busca e apreensão foi feita tanto em Curitiba quanto em Paranaguá, onde o grupo realizava vendas de ouro. Dos mandados de prisão, 27 foram cumpridos em joalherias. Algumas dessas lojas ficam em shoppings de Curitiba. “Essas lojas compravam o ouro por preço baixo e vendiam as joias pelo mesmo preço que valia uma peça feita com ouro do mercado legal”.
Entre os crimes, os presos foram autuados por sonegação fiscal, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As investigações continuam no Nurce pois há possibilidade de os suspeitos venderem ouro ilegal para outras cidades do Paraná e até em São Paulo. As lojas, segundo o delegado, também podem ser autuadas, mas isso ocorrerá com o decorrer das investigações até que se possa concluir em quais crimes elas serão enquadradas.
Os trabalhos desta quinta-feira mobilizam 70 policiais civis e envolvem também equipes da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Núcleo de Crimes Cibernéticos (Nuciber).
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