| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Os sindicatos que representam os professores e servidores públicos federais que trabalham na Universidade Federal (UFPR) não receberam até o fim da tarde desta sexta-feira (4) nenhuma denúncia de agressão por parte dos alunos que invadiram o prédio histórico, na Praça Santos Andrade, na noite desta quinta-feira (3). Até o momento, apenas a Associação dos Professores da Universidade Federal (Apufpr) se posicionou sobre a situação. Em nota, a associação afirmou que “se solidariza com a presente luta dos estudantes da UFPR e conclamam aos setores que defendem a democracia a se engajaram nesse movimento”.

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Segundo o secretário geral da Apufpr, Wilson Aparecido da Mata, houve agressão durante a invasão do prédio na Santos Andrade, mas não por parte dos estudantes que participam do movimento. “A agressão veio do movimento dos que eram contra a ocupação e fizeram força desmedida tentando entrar no prédio e ameaçando os estudantes que lá estão”, disse.

“Como a ocupação é um ato político, há professores que concordam e não concordam e há discussões sobre o assunto, mas agressões físicas até agora a gente não tem notícia”, diz o secretário da Apufpr. Em nota, a associação afirmou que “participa do movimento geral contra a PEC 241/2016 e a MP 746/2016 e em defesa dos direitos sociais gravados na Constituição do Brasil”.

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Sinditest

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior (Sinditest) por enquanto se posicionou sobre a situação na UFPR. “A gente tem acordo pela razão pela qual eles estão lutando, mas tem diversas posições sobre a forma como feita”, esclareceu o coordenador do sindicato Carlos Augusto Pegurski. Segundo ele, o sindicato ainda está “amadurecendo” a discussão e deve se posicionar sobre a situação no futuro.

De acordo com Pegurski, o Sinditest também não recebeu nenhuma reclamação sobre agressões aos funcionários. “A gente não recebeu nenhuma denúncia”, disse. “Nossa experiência com movimentos estudantis tem sido bastante saudável”, completou o coordenador.

A reportagem da Gazeta do Povo tentou entrar em contato com o Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFPR, mas ninguém foi localizado para se posicionar sobre o movimento.