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A América Latina Logística (ALL) argumenta que o Sindicato dos Maquinistas e Ferroviários do Paraná e de Santa Catarina (Sindimafer) não tem legitimidade para ajuizar uma ação contra a monocondução. A Justiça do Trabalho já reconheceu que o representante da categoria no Paraná é o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias nos Estados do Paraná e Santa Catarina (Sindifer), fundado em 1943.

Enquanto o Sindimafer pretende questionar a monocondução na Justiça, o presidente do Sindifer, Alvacir Miguel Balthazar, não se opõe à prática. "No início, os remanescentes da rede ferroviária até ficaram meio receosos com essa situação, mas com o passar do tempo houve uma adaptação. Hoje, com os dispositivos de segurança da ALL, não tem mais reclamação."

O presidente do Sindimafer, José Carlos Rodrigues, admite que há uma briga entre as duas entidades e que a Justiça reconheceu a legitimidade do Sindifer, mas mantém as críticas à monocondução. "Sempre dá problemas. Um exemplo foi um acidente em Guarapuava, em que morreu um maquinista e foram achar muitas horas depois. Se o auxiliar estivesse lá, ele poderia ter sobrevivido."

A advogada e ex-deputada federal Clair da Flora Martins já trabalhou para o Sindimafer. Segundo ela, apesar de não ter reconhecimento legal, o sindicato tem legitimidade entre os ferroviários. "O Sindimafer foi constituído por lideranças representativas do setor ferroviário, que contestavam a atuação do sindicato (Sindifer). Desde então estão brigando."

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