A suposta namorada do goleiro Bruno, Fernanda Gomes de Castro, afirmou, nesta quinta-feira (22), que esteve em um motel em Contagem (MG) com Bruno, na mesma época em que Eliza Samudio teria sido morta. Em entrevista a Ana Maria Braga, no programa "Mais Você", ela negou, no entanto, a existência de outro carro, com Macarrão e Eliza.

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"Fui para Belo Horizonte com o Bruno para participar de um jogo do time que eles têm lá. Ele resolveu me mostrar onde nasceu e onde foi criado. Fomos lá. Depois ele disse que iria me levar para comer o melhor bolinho da região. E então fomos dormir neste motel. Eu e o Bruno somente", diz.

Segundo a polícia, a recepcionista do motel afirma que, no início de junho, dois carros chegaram ao estabelecimento, cada um com três pessoas. Duas suítes foram alugadas pelo grupo. A polícia trabalha com a hipótese de que duas mulheres faziam parte do grupo: uma delas seria a então namorada do atleta, Fernanda, e outra, Eliza Samudio.

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Ainda em entrevista nesta quinta, Fernanda disse que acredita na inocência de Bruno. "Eu acredito na inocência dele. Ele é uma pessoa maravilhosa, com quem convivo há quatro meses. É uma criança, tem medo de escuro. Dói demais saber que ele está nessa condição. Falei para o advogado dizer para ele que, se ele quiser, eu caso com ele", disse. Fernanda e Bruno teriam iniciado o relacionamento depois do fim de um noivado do jogador.

Fernanda conta que viu Bruno pela última vez antes de ele se entregar à polícia. "Ele pediu para me ver. Fui até o encontro dele. A única coisa que ele me pediu é que não o abandonasse, que não era o justo o que estava acontecendo com ele, que ele não tinha feito nada de errado."

Sobre o suposto envolvimento no desaparecido de Eliza Samudio, Fernanda afirma: "Nunca me envolveria em um caso como esse". A suposta namorada de Bruno diz que nunca conheceu Dayanne Souza - mulher do goleiro, nem Eliza.

"Estou desesperada. Não tenho medo da Justiça e tenho minha consciência tranquila, mas não consigo mais ter vida. Meu filho tem medo de ir para a escola, medo dos coleguinhas, do que vão falar. Nunca me imaginei vivendo uma coisa assim. Minha vida era calma. Ja fui coordenadora do movimento jovem em uma pastoral da minha igreja, inclusive levei o menor envolvido no caso para essa igreja", diz.

Fernanda prestou depoimento à polícia, na terça-feira (20). Ela se apresentou espontaneamente no Departamento de Investigações, em Belo Horizonte, e conversou com os delegados que investigam o caso. De acordo com o advogado, ela disse que não teve contato com Eliza.

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A suposta namorada de Bruno foi citada em pelo menos cinco depoimentos de testemunhas, que disseram que a jovem cuidou do filho de Eliza na época do desaparecimento. Fernanda confirma que esteve com a criança, mas afirma não saber que se tratava do filho de Eliza.

"Na noite de uma sexta-feira, o Macarrão passou um rádio para mim pedindo para eu ir à casa dele, no Rio. Ele disse: ‘Fê, estou precisando de sua ajuda. Uma amiga minha sofreu um assalto, se machucou e foi para o hospital’. Fui ajudá-lo a tomar conta da criança e passei a noite com o bebê. Quando acordei, questionei o Macarrão. ‘Até agora a moça está no hospital?’. Ele disse que estava tudo bem, mas que ela tinha ido registrar queixa do assalto. Fui embora por volta do meio-dia para arrumar as malas para viajar à noite com o Bruno", diz Fernanda.

Segundo a suposta namorada de Bruno, quando ela chegou à noite para encontrar com o goleiro, a criança não estava mais lá.

Eliza Samudio está desaparecida desde o início de junho e é considerada morta pela polícia. A jovem teve um relacionamento com o goleiro Bruno, no ano passado, e brigava na Justiça pelo reconhecimento da paternidade do filho, de 5 meses, que seria do jogador.

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