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Surto antecipado de H1N1 aumenta procura por vacinas pagas em Curitiba

 | Valterci Santos/ Gazeta do Povo
(Foto: Valterci Santos/ Gazeta do Povo)

Enquanto a campanha nacional de vacinação contra a gripe não é antecipada no Paraná, os laboratórios privados de Curitiba registram uma maior procura pela imunização - motivada, principalmente, pelo surto da doença e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada ao vírus H1N1 nos estados vizinhos de São Paulo e Santa Catarina.

“Temos aproximadamente mil pessoas cadastradas, 500 delas só nessa semana”, revela o diretor do laboratório Frischmann Aisengart, Thiago Liska, referindo-se ao sistema de cadastramento de interessados na vacina criado pelo laboratório para agilizar o atendimento. Conforme ele, até a primeira semana de abril do ano passado, o número de cadastros era menor do que a metade do registrado esse ano.

Doses da vacina tetravalente devem começar a chegar às unidades do Frischmann na sexta-feira (1°.). Ao todo, 25 mil doses foram encomendadas e elas abastecerão o laboratório durante quatro meses. Existe, porém, a possibilidade de novas encomendas serem feitas. “Inicialmente pensávamos que, em questão do frio, teríamos uma vacinação 20% superior em relação ao ano anterior – que foi de aproximadamente 20 mil pessoas. Em função do que aconteceu essa semana, estamos revisando esses números”, revela Liska.

O Centro de Vacinas da Clínica Paciornik, que está oferecendo a vacina trivalente desde o dia 18 e a tetravalente desde o final da semana passada, já começou o período de vacinação com outros pedidos feitos para garantir que todos possam ser atendidos.

O estoque atual é, segundo o diretor clínico do centro, Claúdio Paciornik, “suficiente”, mas a procura tem sido grande. “Tem bastante gente procurando e até alertamos nosso pessoal sobre isso, tanto por causa das mortes em São Paulo quanto porque, no Hemisfério Norte, dobrou a incidência em relação ao ano passado”, afirma.

Outros laboratórios também registram o crescimento da procura e da vacinação. Segundo funcionários do Previnna, de um lote de 300 doses da tetravalente recebidos na tarde de terça-feira (29), 20 foram vendidas até o início da manhã de quarta. A procura teria aumentado mais nos últimos dias, após as notícias do surto de SRAG em estados vizinhos.

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