Enquanto a campanha nacional de vacinação contra a gripe não é antecipada no Paraná, os laboratórios privados de Curitiba registram uma maior procura pela imunização - motivada, principalmente, pelo surto da doença e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada ao vírus H1N1 nos estados vizinhos de São Paulo e Santa Catarina.
R$ 55 a R$ 100
É a variação do preço da vacina contra a gripe nos laboratórios particulares. Em geral, a trivalente é mais barata, custando entre R$ 55 e R$ 90, enquanto a tetravalente custa de R$ 70 a R$ 100.
“Temos aproximadamente mil pessoas cadastradas, 500 delas só nessa semana”, revela o diretor do laboratório Frischmann Aisengart, Thiago Liska, referindo-se ao sistema de cadastramento de interessados na vacina criado pelo laboratório para agilizar o atendimento. Conforme ele, até a primeira semana de abril do ano passado, o número de cadastros era menor do que a metade do registrado esse ano.
Doses da vacina tetravalente devem começar a chegar às unidades do Frischmann na sexta-feira (1°.). Ao todo, 25 mil doses foram encomendadas e elas abastecerão o laboratório durante quatro meses. Existe, porém, a possibilidade de novas encomendas serem feitas. “Inicialmente pensávamos que, em questão do frio, teríamos uma vacinação 20% superior em relação ao ano anterior – que foi de aproximadamente 20 mil pessoas. Em função do que aconteceu essa semana, estamos revisando esses números”, revela Liska.
Tri ou tetra?
Ambos os tipos de vacina de gripe atualizadas para 2016 (tri e tetravalente) protegem contra duas cepas de Influenza A (H1N1 e H3N2) e uma cepa de Influenza B (linhagem Vitoria). A diferença entre eles está na inclusão de uma segunda cepa de Influenza B na tetravalente (linhagem Yamagata).
O Centro de Vacinas da Clínica Paciornik, que está oferecendo a vacina trivalente desde o dia 18 e a tetravalente desde o final da semana passada, já começou o período de vacinação com outros pedidos feitos para garantir que todos possam ser atendidos.
O estoque atual é, segundo o diretor clínico do centro, Claúdio Paciornik, “suficiente”, mas a procura tem sido grande. “Tem bastante gente procurando e até alertamos nosso pessoal sobre isso, tanto por causa das mortes em São Paulo quanto porque, no Hemisfério Norte, dobrou a incidência em relação ao ano passado”, afirma.
Outros laboratórios também registram o crescimento da procura e da vacinação. Segundo funcionários do Previnna, de um lote de 300 doses da tetravalente recebidos na tarde de terça-feira (29), 20 foram vendidas até o início da manhã de quarta. A procura teria aumentado mais nos últimos dias, após as notícias do surto de SRAG em estados vizinhos.
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