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A prisão preventiva dos três suspeitos pelo assassinato da universitária Louise Sayuri Maeda, 22 anos, em maio deste ano, foi decretada pela Justiça no sábado (16). A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) nesta segunda-feira (18), por volta do meio-dia.

A Sesp divulgou no sábado que a prisão preventiva dos suspeitos havia sido decretada, mas corrigiu a informação afirmando que, até aquele momento, apenas havia sido feita a solicitação.

Com a decisão da Justiça, Fabiana Perpétua de Oliveira, 20 anos, Márcia do Nascimento, 21, - colegas de trabalho da jovem - e Elvis de Souza devem ficar presos até o julgamento. Os três são acusados de armar uma emboscada para a universitária.

O período das prisões temporárias de Márcia e Fabiana venceria nesta segunda-feira (18), pois faz 30 dias que elas estão detidas. No caso de Souza, a prisão temporária terminaria no próximo sábado (23).

Motivo do crime

De acordo com a Sesp, a polícia deve divulgar na tarde desta segunda-feira (18) qual foi o motivo da morte de Louise Maeda. O horário da coletiva de imprensa ainda não havia sido confirmado por volta das 12h15.

Reconstituição do crime

A polícia fez a reconstituição do crime na noite de sexta-feira (15). Os três suspeitos participaram da simulação. Os trabalhos começaram por volta das 21h40, na Avenida Cândido de Abreu, Centro Cívico, ao lado do shopping onde Louise trabalhava, e de onde seguiu com as colegas no carro de Elvis.

Segundo a Sesp, os depoimentos dos suspeitos informam que a jovem seguiu de carro com eles para o bairro Campo do Santana, na região sul de Curitiba, para buscar um amigo de Márcia e irem juntos a um barzinho. No caminho, no entanto, Márcia teria simulado passar mal, e pediu que Elvis – com quem teria um relacionamento – parasse o carro. Neste local, Louise foi morta com dois tiros na cabeça e jogada no rio.

De acordo com a polícia, Elvis ajudou pouco na reconstituição. A versão dele foi encenada com base nos depoimentos. Nos interrogatórios, os três suspeitos confirmaram que Elvis fez o primeiro disparo. A partir daí, Fabiana e Márcia deram versões diferentes. Fabiana relatou que, quando ouviu o tiro, já estava dentro do carro, e que não colaborou com os comparsas para jogar Louise no rio. Ela disse que não ouviu o segundo disparo contra a estudante.

Márcia disse que a amiga teria ajudado a jogar o corpo de Louise no rio, porque a vítima era pesada. A suspeita, na reconstituição, não relata o segundo tiro, que, como consta na versão de Elvis, teria sido dado por ela.

Para o delegado Marcelo Lemos, responsável pelas investigações, a versão que Fabiana apresentou é a que mais se aproxima das informações contidas no inquérito policial. Já as versões dadas por Elvis e Márcia seriam inconsistentes.

Crime

Louise desapareceu em 31 de maio após sair do trabalho. Ela era supervisora de uma iogurteria em um shopping da capital.

O corpo foi encontrado no dia 17 de junho em uma cava do Rio Iguaçu, em Curitiba. O cadáver trajava as roupas que a universitária usava quando desapareceu, mas como estava em avançado estado de decomposição, o reconhecimento foi feito por meio de um exame papiloscópico (de confronto de digitais) no IML.

Duas mulheres foram detidas no dia seguinte à confirmação da morte da universitária, suspeitas de participar do assassinato com a ajuda de um rapaz. Em uma coletiva realizada no dia 20 de junho, a polícia revelou que Louise foi vítima de uma emboscada, que teria sido articulada por duas colegas de trabalho. O motivo ainda não foi esclarecido, a primeira hipótese apresentada pela polícia – e até agora não confirmado – era de que Louise teria descoberto que uma das funcionárias estaria desviando dinheiro do caixa.

As suspeitas foram identificadas pela polícia como Fabiana Perpétua de Oliveira, de 20 anos, e Márcia do Nascimento, de 21 anos. Élvis de Souza, de 20 anos, que teria um relacionamento com Márcia também é suspeito de envolvimento no crime. Ele se entregou à polícia no dia 23 de junho, mesmo dia que a família fez a cerimônia de despedida e que o corpo de Louise foi cremado.

A bolsa que Louise carregava na noite do crime foi encontrada na casa do pai de Élvis. O objeto foi localizado durante as buscas que foram feitas por policiais no imóvel. O carro do rapaz também é considerado o provável veículo utilizado para levar a jovem até o local do crime.

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