Atualizado em 05/01/2006 às 19h27
Doze presos do estado do Rio de Janeiro foram transferidos nesta sexta-feira (5) para a penitenciária federal de segurança máxima de Catanduvas, região Oeste do Paraná. Entre os 12 detentos, cinco são suspeitos de envolvimento direto com os recentes ataques na cidade do Rio de Janeiro - o último deles um assalto a turistas. A suspeita é que a ordem para os ataques partiu de dentro do presídio.
Os nomes dos 12 presos não foram divulgados pelo governo fluminense, entretanto, a assessoria da Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, confirmou a transferência de cinco presos - os que teriam envolvimento com os ataques. Os cinco estavam na penitenciária de segurança máxima Bangu I em regime disciplinar diferenciado (RDD) depois da suspeita de participação.
Os cinco presos de Bangu I transiferidos nesta sexta são: o traficante Elias Pereira da Silva, o "Elias Maluco", Márcio Nepomuceno dos Santos, o "Marcinho VP", Izaías Costa Rodrigues, conhecido como "Izaías do Boréu", Márcio Cândido da Silva, o "Porca Russa" e Róbson André da Silva, também conhecido como "Robinho da Pinga". Além deles, chegaram ao Paraná os presos "Tchaca", "My Thor", "Lambari", "Sapinho", "Fu", "Charles do Lixo" e "Claudinho da Mineira".
Chegada
O vôo que trouxe os 12 presos chegou ao aeroporto de Cascavel no fim da tarde. Eles chegaram em Catanduvas por volta das 20 horas. Com as transferências, das 208 celas da penitenciária, 126 estarão ocupadas.
No dia 30 de dezembro, 15 presos acusados de comandar os ataques a criminosos no Espírito Santo (ES) foram transferidos para a Penitenciária Catanduvas. Os 15 presos envolvidos em seqüestros, roubos a bancos e tráfico de drogas. (Leia matéria completa)
Elias Maluco
O traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, foi condenado a 28 anos e seis meses de prisão em regime de reclusão pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, ocorrido em 2002, na cidade do Rio de Janeiro.
Tim Lopes
Tim Lopes desapareceu em 2 de junho de 2002, na Vila Cruzeiro, favela que faz parte do complexo do Alemão depois de ser reconhecido e capturado por traficantes ligados a Elias Maluco, quando fazia reportagem sobre um baile funk onde haveria consumo de drogas e sexo explícito.
Após ser apanhado por traficantes, Lopes foi levado para o morro da Grota, também no complexo do Alemão, onde teria sido esquartejado e queimado em pneus --método conhecido como "microondas" e usado para apagar vestígios da mortes.
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