Um dissídio coletivo será realizado nesta terça-feira (7) pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a partir das 15 horas, para tentar acabar com a greve no Hospital de Clínicas, em Curitiba. A paralisação começou na segunda-feira e foi deflagrada pelos trabalhadores do HC, contratados junto à Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar). É a segunda paralisação dos funcionários em menos de um mês. A categoria cobra o reajuste salarial da categoria, já que a data-base foi no dia 1.º de maio.
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público do Paraná (Sinditest-PR), 851 dos 3.132 trabalhadores que atuam no hospital pertencem ao quadro da Funpar e atuam em todos os setores da instituição.
Segundo o sindicato, a Funpar ofereceu reajuste salarial de 5,2% – abaixo do índice da inflação que chega perto de 9%. O Sinditest chegou a enviar uma primeira proposta de acordo coletivo para a comissão de negociação patronal reivindicando um reajuste de 20,16%.
Neste segundo dia de greve, o hospital afirma que 252 funcionários aderiram à paralisação. Todos os serviços foram mantidos pela manhã, mas com bastante lentidão. “O hospital não tem condição financeira de dar aumento. A greve acaba impactando nos serviços”, afirma o diretor do HC, Flávio Tomasich.
O coordenador-geral do Sinditest-PR Carlos Pegurski, afirma que a categoria está preocupada com a situação dos trabalhadores. “A gente entende que a greve tem que terminar, mas não podemos ficar sem reposição salarial. A categoria informou a greve com 72 horas de antecedência e a direção do hospital não avisou aos pacientes que eram de fora de Curitiba”, afirma Pegurski. No primeiro dia de greve, uma fila com mais de 100 pessoas foi formada em frente ao hospital para marcação de consultas. A Central de Agendamento de consultas e exames teve que atender apenas pacientes de fora de Curitiba. As consultas eletivas também só foram sendo realizadas para quem era de fora da capital.
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