| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Nas doze Unidades Paraná Seguro de Curitiba e Região Metropolitana –cinco delas estão na CIC –, a percepção de que o programa estagnou é da própria população. Alguns moradores ouvidos pela reportagem acreditam que é preciso oxigenar o projeto para poder avançar.

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Na unidade da Vila Zumbi, em Colombo, apesar da queda de 20% dos homicídios na cidade, a necessidade de avanço não é segredo para ninguém. Basta caminhar no bairro para verificar as marcas de bala cravadas na parede de uma padaria, a menos de dois quilômetros da sede da UPS na região. “Teve tiroteio aí na região no mês passado e a polícia nem apareceu na hora. Eles só andam de viatura para passear”, indigna-se uma moradora. Os moradores conversaram com a reportagem sob a condição de anonimato. Outro cidadão que reside na localidade afirma que “no começo as patrulhas eram intensas, agora é raro ver policial passando por aqui”.

Sem módulo

As vilas Trindade, no Cajuru, e Ludovica, no Tatuquara, viram do dia para noite os módulos da UPS sumirem sem dar nenhum aviso prévio aos moradores. Se, em 2012, 154 policiais participaram das ações no Ludovica, por exemplo, hoje é difícil ver uma viatura nas redondezas. “Eles saíram do dia para noite. Quando eles estavam aí tinha mais segurança, agora sentimos que piorou. As bocas de fumo voltaram e há mais assaltos”, diz um morador.

Na Vila Trindade, a alegação é de que a UPS se uniu ao do Uberaba – para a indignação dos moradores da região. “O que adianta unir aqui com o Uberaba. É muito longe. Isso é impossível”, afirma um comerciante. Para outra moradora, o programa desde o início falhou. “Vieram prometendo um monte e nem segurança, que era o carro-chefe, cumpriram”, enfatiza.