A Justiça Federal do Paraná determinou que as empresas que realizaram vendas à Petrobras para a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, sejam periciadas pela Polícia Federal (PF), a fim de verificar se houve superfaturamento nas obras. A decisão foi proferida na última terça-feira (22) pelo juiz federal Sergio Moro, como parte da ação penal em que o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, são réus.
O pedido de perícia foi feito pela defesa de Youssef, já que ele é acusado de receber dinheiro do superfaturamento.
Segundo investigações da Operação Lava Jato, deflagrada em março deste ano, o doleiro comandaria um esquema de lavagem de dinheiro que movimentava cerca de R$ 10 bilhões. Youssef e Costa estão presos na carceragem da PF de Curitiba.
A perícia deve ser feita em 45 dias e, de preferência, por dois peritos, identificando os serviços prestados à Petrobras, Consórcio Nacional Camargo Correa ou Construções Camargo e Correa S/A, pelas empresas Sanko Sider Ltda e Sanko Serviços de Pesquisa e Mapeamento.
Para o juiz, a perícia é pertinente ao processo porque a tese da acusação é a de que os valores pagos à MO Consultoria, empresa de fachada controlada pelo doleiro, representariam comissões decorrentes de superfaturamento de produtos e serviços prestados na construção da refinaria pernambucana.
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