O advogado da jornalista Mônica Veloso, Pedro Calmon, negou o conteúdo de diálogos em que ela supostamente "chantagearia" o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para reconhecer a paternidade de sua filha. O diálogo foi divulgado pela revista "IstoÉ" desta semana.

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Calmon informou que vai entrar com uma interpelação judicial para que Renan, Cláudio Gontijo, representante da construtora Mendes Júnior, ambos citados no diálogo, além da mulher do senador Verônica Calheiros confirmem a existência do diálogo.

A revista informa que teve acesso à degravação "de cinco CDs com 3h34 de conversas gravadas" por Mônica Veloso. O texto do diálogo, segundo a "IstoÉ" teriam sido incluídos por Calmon "no processo que a jornalista moveu na 4ª Vara de Família de Brasília para cobrar pensão do senador".

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"Eu nunca ouvi falar de gravação. Ela (Mônica Veloso) nem se lembra desses diálogos. O processo judicial que a revista cita, não existe. O senador Renan reconheceu a paternidade da criança numa escritura pública", disse Calmon.

Após a interpelação, o advogado disse que pretende entrar com uma ação por calúnia, injúria e difamação por danos causados à imagem de Mônica.

O presidente do Senado reconheceu a paternidade da filha com a jornalista em dezembro de 2005. Renan chegou a ajudar Mônica com uma pensão de R$ 8 mil mais R$ 4 mil de aluguel do apartamento onde ela mora em Brasília. Além disso, o senador fez um fundo de R$ 100 mil para ajudar na educação da filha. O senador pode responder a um processo por quebra de decoro por conta da origem dos recursos repassados à jornalista.

Segundo a revista, Mônica contratou o advogado Pedro Calmon para tentar aumentar a pensão, inicialmente estabelecida judicialmente em R$ 3 mil, abaixo dos R$ 8 mil que ela recebia através do acordo com Renan. A "IstoÉ" informa que é nesse processo que o conteúdo das gravações foram anexadas.

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