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O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), disse nesta quinta-feira que fez uma análise preliminar da defesa do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e que considerou os documentos favoráveis ao colega, que foi acusado de ter contas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior.

De acordo com Tuma, a comprovação da origem do dinheiro por meio de imposto de renda ou pela documentação é fácil e tem ficado claro que o senador tinha fundos para pagar a pensão da filha que teve com a jornalista Mônica Veloso.

Tuma não descarta, no entanto, pedir para que membros da Receita Federal e do Banco Central comprovem a autenticidade do material de defesa. O senador fez questão de frisar que não duvida de Renan, mas acha que a checagem é boa para que não restem dúvidas sobre a inocência do senador.

- Eu não quero condená-lo, quero absolvê-lo. Mas quero ter certeza de que ele não vai ser pego na primeira esquina - disse Tuma.

O corregedor confirmou que vai entregar seu relatório ao Conselho de Ética na quarta-feira.

Antes disso, na segunda ou na terça, Tuma pretende ouvir o lobista Cláudio Gontijo:

- Ele é parte importante no "affair", porque foi o pagador - afirmou.

Dois recibos que estariam entre os documentos apresentados pelo advogado de Renan, nesta quarta-feira, comprovariam a existência de um fundo para a educação de sua filha com a jornalista Mônica Velloso , como disse o senador em seu discurso de defesa, na segunda-feira .

Os documentos foram entregues à corregedoria da Casa. Entre eles, há extratos bancários aos quais a imprensa não teve acesso, e dois recibos que comprovam a versão de Renan sobre o dinheiro repassado como fundo de educação para filha. Esses recibos desmentem a versão apresentada pelo advogado da mãe da menina.

Parlamentares já admitem a hipótese de uma representação do PSOL contra Renan - solicitando a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar - ser arquivada definitivamente. A instalação do Conselho de Ética do Senado, assim como a eleição do senador Sibá Machado (PT-AC) para presidente, seguiu à risca o acordo fechado entre os líderes de todos os partidos para adiar o exame do caso. A representação não foi sequer mencionada na sessão de estréia do Conselho de Ética, que se reúne novamente na quarta-feira da semana que vem. Depois da sessão, Sibá disse que vai procurar Romeu Tuma para analisar os documentos que serão entregues pela defesa de Renan e estudar o regimento para saber que atitude tomar diante da representação do PSOL.

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