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Suzane von Richthofen e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos voltarão ao banco dos réus no dia 17 de julho, mas dificilmente serão julgados juntos. O advogado de Suzane, Mauro Otavio Nacif já adiantou que fará novas manobras para evitar que os três sejam julgados pelos menos jurados. Nesta segunda-feira, Nacif e os demais advogados de Suzane abandonaram o Tribunal do Júri, numa atitude classificada como 'deboche' pelos promotores.

- É claro que haverá cisão. Junto com aqueles cafajestes ela não será julgada - disse Nacif.

Para o promotor Roberto Tardelli, os advogados de Suzane foram ao Tribunal ontem dispostos a não fazer o júri. Nacif se retirou do plenário porque o juiz Alberto Anderson Filho se recusou a adiar o julgamento pela falta de uma testemunha, Márcia Sorge, amiga da mãe de Suzane. Ela falaria sobre a amizade entre mãe e filha. O juiz afirmou que o próprio advogado já tinha dito, nos autos, que a testemunha poderia ser trocada caso não aparecesse para depor.

- O que foi feito foi um deboche - afirmou o promotor.

Pouco mais de três anos após o assassinato de seus país, Manfred e Marísia von Richthofen, Suzane ficou lado a lado com o ex-namorado, Daniel Cravinhos, e também dividiu o banco dos réus com o ex-cunhado Cristian.

Só que desta vez estava em situação privilegiada em relação a eles. Vestindo calça jeans, blusão de malha branca e sapatos de camurça cor de caramelo, Suzane tinha os braços livres e vez ou outra mexia nos cabelos bem escovados. Procurou manter a cabeça abaixada o tempo todo, sem olhar para os outros réus em nenhum momento. Os advogados de Suzane a toda hora se aproximavam para acariciar os cabelos dela ou cochichar a seu ouvido.

Já os Cravinhos chegaram ao tribunal algemados, com uniforme amarelo de preso, blusa branca de moletom e calçando chinelos de borracha. Os rapazes ficaram sozinhos. Quando o juiz Alberto Anderson Filho os chamou para avisá-los da nova data do julgamento, Suzane virou o rosto para o lado oposto, sem levantar a cabeça

Após o adiamento do júri, Suzane deixou o Fórum Criminal da Barra Funda sob escolta policial e seguiu para novo endereço onde cumprirá prisão domiciliar, na Vila Mariana. A mudança foi permitida pelo juiz Alberto Anderson Filho, após pedido dos advogados.

- A permanência dela no local anterior (apartamento do tutor, Denivaldo Barni) estava causando problemas aos vizinhos, por conta da movimentação da imprensa, e ela vinha sendo hostilizada por pessoas que passavam pelo prédio - disse a advogada Eleonora Nacif.

Suzane ficará no escritório de um de seus advogados.

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