O advogado do doleiro Alberto Youssef, Antônio Figueiredo Basto, pediu nesta quarta-feira (04) que o empresário Leonardo Meirelles seja denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsidade ideológica.

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No documento protocolado hoje nos processos da Lava Jato, Basto pede também que seja apurada a "possível prática de eventual denunciação caluniosa" de Meirelles ao afirmar que Youssef ocultou patrimônio do MPF.

Nessa semana, o empresário afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo que Youssef ocultou patrimônio do MPF ao firmar o acordo de delação premiada. Depois da audiência de ontem, o advogado de Meirelles, Haroldo Nater, voltou a afirmar a ocultação de patrimônio, mas disse não ter provas.

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"No passado já teve uma delação premiada que não narrou todos os fatos que eram importantes e nós estamos sendo enganados mais uma vez", disse. "É claro que ele [Meirelles] não tem como provar", disse Nater.

Ontem Basto reclamou da forma como o juiz federal Sérgio Moro conduziu a audiência, acusando o juiz e o MPF de protegerem Meirelles. "O que acontece em relação a ele [Meirelles] é muito estranho, há um protecionismo vergonhoso", disse a defesa de Youssef.

No documento, Basto diz que o empresário "figura ora como réu, ora como testemunha nas ações penais da vulga Operação Lava Jato, sedizente colaborador informal da Polícia Federal, orbita ao redor das autoridades, sem que se esclareça qual sua postura e principalmente os benefícios advindos dessa conduta".

O advogado também dá a entender que Meirelles age a mando de alguém para tentar derrubar o acordo de delação premiada de Youssef. "Sua intenção é tumultuar a investigação, criar factoides e explorar o clamor popular para desacreditar a investigação. Quem é o dono de Meirelles? A quem ele serve?", diz um trecho do documento.

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