O ministro Teori Zavaski, relator das ações sobre a Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), remeteu ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o caso do deputado Nelson Meurer (PP-PR). Zavaski quer que Janot tome as providências que julgar cabíveis - como um eventual pedido de abertura de inquérito - para que as investigações prossigam.
Durante o recesso do Judiciário, em janeiro, chegou ao STF trecho de investigação em que Meurer é citado como beneficiário do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que foi desbaratado na Lava Jato.
O juiz Sérgio Moro, que conduz o caso no Paraná, afirmou em despacho que a Polícia Federal encontrou lançamentos efetuados a título de "Nelson" e "Nelson Meurer" nos anos de 2008 e 2009, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo. O caso foi enviado ao STF em razão do foro privilegiado do deputado federal.
Zavascki remeteu o caso a Janot pois o PGR é o titular da ação penal no STF contra autoridades com foro privilegiado. Ou seja, cabe a Janot pedir abertura de inquérito, oferecer denúncia - se entender que já há indícios de provas suficientes - ou desconsiderá-lo da investigação.
De acordo com o despacho do juiz Sérgio Moro de dezembro de 2014 as investigações chegaram a Meurer por "encontro fortuito de provas". Os lançamentos encontrados com o nome do deputado, segundo o juiz, podem ser referentes a pagamentos feitos pelo doleiro Carlos Habib Chater ao parlamentar, a pedido do também doleiro Alberto Youssef.
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