Petistas rebatem PSDB e dizem que governo Lula salvou Plano Real
Após o evento em que o PSDB comemorou no Senado os 20 anos do Plano Real, petistas foram na tarde de hoje à tribuna rebater as críticas dos tucanos e dizer que coube à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva "resgatar" os pressupostos da estabilização econômica. A resposta mais enfática coube à ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Ao final da sessão solene do Congresso Nacional que celebrou os 20 anos do Plano Real, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) classificou o plano de estabilização da economia conduzido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como "o maior programa de distribuição de renda do Brasil".
De acordo com Aécio, o Plano Real tirou das costas do trabalhador o imposto inflacionário. "Foi o plano mais sólido de estabilidade econômica feito no mundo nos últimos 50 anos", disse Aécio, que deve disputar o Palácio do Planalto neste ano pelo PSDB.
Aécio deixou o Plenário do Senado Federal, onde aconteceu a solenidade, ironizando o fato de governistas e petistas não terem comparecido à cerimônia. "Reconheço que o PT não se fez presente pelo constrangimento dos que acharam que o Plano Real era um estelionato eleitoral, porque não atendia os interesses da sua candidatura presidencial", disse o tucano.
Ele também afirmou que o PT foi o maior beneficiário do plano de estabilização econômica e que o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sucessor de FHC, teve contribuição do Plano Real. "Não tivesse havido estabilidade econômica, não teria havido governo do ex-presidente Lula, com crescimento econômico", disse. "Não tivesse havido a Lei de Responsabilidade Fiscal, não teríamos tido avanços na administração pública. Tudo isso aprovado com a oposição do PT".
Para o senador mineiro, que organizou o evento realizado nesta terça-feira no Congresso, o tema da estabilidade econômica vai estar presente nas eleições de outubro. "A inflação infelizmente voltou e as pessoas vão se lembrar lá atrás do esforço que o PSDB fez", disse.
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