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Após passar 11 dias no exterior, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), minimizou nesta segunda-feira (22) o crescimento recente nas pesquisas da ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata petista, Dilma Rousseff, e disse que continua confiante na capacidade eleitoral do virtual presidenciável tucano, José Serra. O mineiro, que deverá receber uma visita do colega paulista nos próximos dias, ressaltou que cabe agora a Serra encontrar o "caminho e o momento adequado" para o anúncio de sua candidatura.

"Tenho conversado com o governador Serra, conversamos sempre e vamos continuar conversando. E no momento certo o governador vai se manifestar. Cabe a ele agora, enfim, encontrar o caminho e o momento adequado para essa manifestação. Continuo tendo grande confiança nas suas possibilidades eleitorais", afirmou, após participar da inauguração do bloco cirúrgico do Hospital Cristiano Machado, em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Aécio - que tem reiterado publicamente que irá mesmo disputar uma cadeira no Senado, descartando a possibilidade de ser vice numa chapa encabeçada por Serra - voltou a dizer que estará à disposição da candidatura tucana no segundo colégio eleitoral do País. E salientou que, na sua opinião, o PSDB não deve seguir a lógica estabelecida pelo governo federal na eleição presidencial.

"Não me aflige neste instante a exposição deste ou daquele candidato, porque a campanha, efetivamente, aquela que vai levar os eleitores a uma decisão, começa na propaganda eleitoral. É ali que nós vamos ter o embate das ideias, a disputa entre os candidatos", destacou.

Era pós Lula

O governador mineiro insistiu na tese da Era pós Lula e disse que o debate que o PSDB tentará levar para a disputa será sobre qual candidato tem melhores credenciais para dar continuidade aos avanços conquistados nos governos Lula e Fernando Henrique Cardoso. E aproveitou para ironizar a defesa da estabilidade econômica feita por Dilma em seu discurso durante o 4º Congresso Nacional do PT, que aclamou a ministra como presidenciável do partido. "Li com atenção o discurso da ministra Dilma e fico muito feliz ao ver que ela assume o compromisso de manter a condução macroeconômica do País, com metas de inflação, com juros flutuantes, com superávit primário, construídas e concebidas no governo do PSDB".

Ao afirmar que não há hoje uma "diferença muito profunda" na política econômica dos governos Lula e FHC, Aécio também cutucou o PT, ressaltando que foi o presidente que precisou romper com seu partido.

"Não houve ruptura na construção macroeconômica quando o presidente Lula assumiu. Ele não rompeu com aquilo que vinha sendo conduzido pelo governo do presidente Fernando Henrique. Ao contrário, ele rompeu com muitas das ideias que o PT defendia anteriormente para aderir às novas e boas ideias do PSDB, do ponto de vista da responsabilidade fiscal".

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