Com postura de candidato à sucessão presidencial para 2010, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, lançou nesta quarta-feira (5), em Brasília, a estratégia para consolidar seu nome dentro do PSDB e fez críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Será perverso para o Brasil mais quatro anos disso (governo) que está aí", afirmou, em reunião com deputados federais do partido. Apesar de suas boas relações com o presidente, Aécio bateu firme. "É um governo extremamente perdulário", disse. "E vamos gastar menos com a estrutura do Estado e mais com as pessoas. Não vamos gastar com a companheirada.
O governador previu que Lula não conseguirá reeditar em 2010 a aliança que o levou ao Planalto nem irá eleger um candidato qualquer para sucessor. "Ele não terá o dom de ungir alguém para a cadeira presidencial." Até por conta dos gastos públicos do atual governo, Aécio acha que o PSDB tem "enorme chance" de voltar ao Planalto e, sobretudo, confrontar a gestão pública do PT. "O governo pôs a ética debaixo do tapete", afirmou.
O mineiro engrossou o coro da oposição ao atacar a criação de 85 mil cargos pelo governo Lula. "Considero isso incompreensível", afirmou. E falou também da ausência de marcos regulatórios e do fato de não terem sido viabilizadas as Parcerias Público-Privadas (PPP). "Vamos ter gargalos daqui a dois anos." Segundo o governador, a eleição de 2010 não repetirá o cenário de 2006, quando a campanha foi focada na economia. Agora, segundo Aécio, esse discurso ficou ultrapassado, porque o PT adotou o pensamento do PSDB na política econômica.
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