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A decisão da ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, de determinar o afastamento do diretor-executivo da Polícia Federal, Zulmar Pimentel, o segundo na hierarquia da PF, e do delegado César Nunes, superintendente da instituição na Bahia, provocou uma crise interna na PF. Nesta quarta-feira, em reunião fechada do diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, com os superintendentes estaduais, Pimentel e o delegado Renato da Porciúncula, diretor de Inteligência, chegaram a trocar insultos. Num dos momentos mais tensos do encontro, Pimentel criticou as operações conduzidas pela Diretoria de Inteligência, e até propôs a exclusão do setor das grandes investigações da polícia. Aliados de Pimentel endossaram a idéia e acusaram a Diretoria de Inteligência de expor a PF ao vexame de ver o diretor-executivo e um superindentende afastados.

Irritado, Porciúncula reagiu dizendo que não se relaciona com lobistas, não recebe presentes de empresários e nunca transportou familiares em aviões da PF.

De acordo com reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal O Globo, alguns superintendentes, de forma velada, ameaçaram retaliar os delegados da Contra-Inteligência, cujo relatório acusa Pimentel de vazar informações privilegiadas e, com isso, prejudicar as investigações da Operação Octopus, origem da Operação Navalha.

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