Eleitos em dezembro, o presidente Aílton Araújo (PSC) e o restante da nova Mesa Executiva da Câmara de Curitiba tomaram posse nesta quarta-feira (7). Não houve uma cerimônia ou solenidade; o bastão foi passado em uma reunião envolvendo os sete novos membros da direção, o ex-presidente Paulo Salamuni (PV) e alguns servidores. Segundo Araújo, o objetivo desta primeira reunião era fazer uma avaliação da atual situação da Câmara para que os novos membros da Mesa ficassem a par.
Na gestão anterior, ele era primeiro-secretário, segundo cargo de maior importância no Legislativo. O vereador disse que, em um primeiro momento, não pensa em mudanças nas diretorias ou qualquer outra medida administrativa mais impactante. Entretanto, ele diz que pretende abrir mais espaço e estabelecer um diálogo com as lideranças partidárias da Casa.
O vereador foi eleito presidente da Câmara em uma votação polêmica, em dezembro. Na ocasião, dois blocos partidários "bateram chapa" o dele, com apoio de Salamuni e do prefeito Gustavo Fruet (PDT), e o bloco liderado por Valdemir Soares (PRB).
O bloco adversário contesta a legitimidade da eleição na Justiça: de acordo com eles, a inscrição do bloco de Araújo foi entregue fora do prazo o bloco vencedor, por outro lado, argumenta que isso ocorreu porque Soares rasgou o documento, fato confirmado por cinco testemunhas. Além disso, Soares contesta a inclusão do PSDC no outro bloco. "Nós temos a questão legal ao nosso lado. Vai haver uma nova eleição", afirma.
Araújo, por outro lado, considera que, ao participarem da eleição, os adversários comprovaram que ela foi legítima. Ele diz, ainda, que se trata de uma ação política "pouco inteligente", visto que a maioria da Câmara deu votos para sua gestão a eleição para presidente terminou em 25 a 12. "Quem vence, tem que vencer com humildade, e quem perde, tem que perder com dignidade. Nós estamos sendo humildes, mas eles não se comportam de forma digna", afirma.
O novo presidente diz, ainda, que pode ingressar com uma ação no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar contra Soares, pelo episódio do documento rasgado.
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