Às vésperas da decisão do PSDB em torno do candidato a presidente da República, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira não fazer questão de disputar reeleição, caso seja o sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o governador, um mandato de quatro anos é suficiente, desde que se "trabalhe para valer".

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- Devemos discutir dois modelos: um é o de quatro anos com uma reeleição, que é o modelo atual, e o outro, de quatro anos sem reeleição. O que não tem cabimento é o modelo de cinco anos. Eu não faço nenhuma questão de reeleição. Acho que quatro anos é um mandato que, se começar firme, não perder nenhum dia e trabalhar para valer, dá para fazer muita coisa - disse Alckmin depois da 6ª Reunião do Conselho de Relações Internacionais de Comércio Exterior (Cericex).

Depois de passar o fim de semana consultando governadores e líderes regionais do PSDB, a cúpula do partido admitia domingo, diante da disposição do governador Alckmin e do prefeito de São Paulo, José Serra, em disputar a Presidência da República, a necessidade de fazer uma consulta formal ao partido. Na prática, seria uma espécie de prévia, segundo reportagem do jornal "O Globo". Nesse caso, a legenda deve optar pelo diretório nacional do PSDB, que tem cerca de 200 membros.

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Perguntado se abriria mão da reeleição caso o partido decidisse pelo seu nome, o governador jogou a responsabilidade para o Congresso.

- Esse é um assunto do Congresso Nacional. É o Congresso que deve decidir. Para mim, não tem problema de reeleição. Já fui prefeito sem reeleição e meu mandato de governador é de pouco mais de quatro anos. O importante é ter um bom governo - disse Alckmin.

De acordo com ele, o anúncio a ser feito pela direção do PSDB a respeito da escolha entre seu nome e o do prefeito José Serra para a presidência deve sair mesmo nesta terça-feira.

Alckmin garantiu não ter tido qualquer conversa com Serra neste final de semana e também que não havia marcado encontro com o prefeito para esta segunda.

Sobre um possível apoio do governador de Minas Gerais, Aécio Neves - um dos dirigentes tucanos que está à frente da articulação política do partido - ao seu nome, Alckmin disse não tê-lo recebido formalmente, mas rasgou elogios ao colega mineiro.

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- O Aécio é meu irmão. Eu gosto muito dele. Interessante que todo mundo já conhecia sua vocação política e sua capacidade de articulação e, agora, ele revelou em Minas Gerais uma grande vocação administrativa - afirmou o governador.