Os dois principais pré-candidatos de oposição à presidência da República comentaram, nesta sexta-feira (9), a pesquisa do Instituto Datafolha que, com queda na intenção de votos de Dilma Roussef (PT), aponta um crescimento das chances de haver segundo turno na disputa.
A pesquisa indica Dilma com 37% das intenções de votos, ante 38% da pesquisa anterior; Aécio Neves (PSDB) com 20%, vindo de 16%; e Eduardo Campos (PSB) passando de 10% para 11%.
Aécio afirmou que o crescimento nas pesquisas se deve às provas que estão aparecendo contra o governo federal, comandado pela petista Dilma Rousseff, no caso da gestão petista da Petrobras. "As denúncias de corrupção influenciaram [no resultado da pesquisa]. Afinal, uma quadrilha estava levando a Petrobras à situação de insolvência e a população está vendo isso", afirmou ele, que participou de uma sabatina na manhã de hoje no auditório do Hotel Jatiúca, por empresários ligados às Fiea (Federações das Indústrias do Estado de Alagoas).
Já Campos atribuiu o seu desempenho na pesquisa ao fato de sua candidatura ser a menos conhecida entre seus principais adversários. dor de Pernambuco disse que não acredita em grandes mudanças nas pesquisas eleitorais antes do início do horário eleitoral gratuito, em 19 de agosto.
"Se 25% da população diz que nos conhece, a gente já chega em simulação em 11% ou 14%. Imagine quando chegar a 100%", disse o presidenciável. "Eu estou confiante e nunca tive dúvidas de que essa eleição é em dois turnos e está em aberta", acrescentou.
Campos avaliou como positivo o dado, mostrado no Datafolha, que 74% da população defendem mudanças. Ele lembrou que, em 2010, a ex-senadora Marina Silva, pré-candidata a vice no PSB, terminou a eleição com quase 20% dos votos válidos.
Para o pré-candidato, o patamar é próximo ao nível de que PSB deve largar na disputa eleitoral deste ano. "Nós vamos começar o 19 de agosto como Marina Silva terminou a eleição em 5 de outubro de 2010. A diferença é essa. Do ponto de vista dos votos válidos, segundo as pesquisas eleitorais, já estamos perto do número que ela chegou na eleição", argumentou.
Terrorismo eleitoral
Eduardo Campos e Marina Silva participam hoje de encontro, na capital paulista, para discutir propostas em energia que serão incorporadas ao programa de governo. O pré-candidato do PSB rebateu crítica feita ontem pela presidente Dilma Rousseff e a acusou de fazer "terrorismo eleitoral de baixa qualidade".
Em palestra a empresários, a petista disse, sem citar nomes, que a proposta do PSB, de reduzir o centro da meta de inflação para 3% ao ano até 2019, reduziria pela metade os gastos em programas sociais e afetaria o "Minha Casa, Minha Vida".
"Isso é um discurso político, de baixa qualidade, que demonstra desespero eleitoral, porque o nosso compromisso é colocar a inflação no centro da meta, o que ela se propôs a cumprir e não cumpriu", criticou Campos, que prometeu não mexer" em conquistas sociais".
Metodologia
O levantamento do Datafolha ouviu 2.844 pessoas, em 174 cidades. O nível de confiança é de 95%. Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, há um empate técnico entre todos os candidatos. O levantamento foi registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-00104/2014.
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