Ato pró-Dilma em Curitiba.| Foto: Felipe Rosa/TRIBUNA DO PARANA

Centrais sindicais, entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e partidos como o PT e o PDT realizam ato na tarde desta quarta-feira em 18 estados e no Distrito Federal. São eles: Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

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Em Curitiba, cerca de 600 pessoas estavam concentradas na praça Santos Andrade, no Centro, por volta das 18h30. Os manifestantes esperavam começar a passeata por volta das 19h. O trajeto passa pelas ruas Marechal Deodoro, Marechal Floriano, XV de Novembro e termina na Boca Maldita. Entre os presentes estava a vice-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves (PT), e representantes de sindicatos, do PT e do PCdoB.

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Concentração na Santos Andrade.
Manifestantes pró-Dilma.
Bandeiras da CUT no protesto.
Pedido pela saída de Eduardo Cunha.
Manifestantes reunidos na Santos Andrade.
Faixa de apoio a Dilma.
Cartaz contra Cunha
Vice-prefeita de Curitiba participa do ato.

Rio de Janeiro

No Centro do Rio de Janeiro, os manifestantes contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, contra a política econômica do governo e contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tiveram a Cinelândia como ponto de encontro.

“Esse é um ato contra o golpe e a favor da democracia. O que a Câmara está fazendo é rasgar a Constituição. Os que perderam a eleição estão querendo ganhar no grito “, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Rio, Marcelo Rodrigues. Para Rodrigues, a política econômica do governo Dilma precisa dar “uma guinada”.

Os manifestantes gritavam “1, 2, 3, 4, 5, mil, queremos que o Cunha vá para *$#”. Também há espaço para bom humor na Cinelândia, como no cartaz “Golpe, só de ar”.

São Paulo

Em São Paulo, o protesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff é formado na maioria por militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Com o mote “Não vai ter golpe”, os manifestantes que ocupam as duas vias da Avenida Paulista usam, na maioria, camisetas vermelhas e coletes da central sindical.

O cozinheiro Ediel Brito, de 49 anos, carregava uma grande bandeira com as cores do movimento LGBT na Paulista. “Estou aqui para manifestar apoio à nossa presidente e pedir fora Cunha. A postura autoritária do Cunha é uma ameaça para nós do movimento LGBT.”

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Dezenas de ônibus foram usados para levar as pessoas à região do Masp, onde aconteceu a concentração. Os manifestantes pedem também a saída de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara e mudanças da política econômica do governo federal.

“É um ato de apoio à presidente Dilma e um ato crítico a sua política econômica”, disse Vagner Freitas, presidente da CUT.

Brasília

Em Brasília, manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e ao ajuste fiscal do governo estão reunidos em frente ao estádio Mané Garrincha. Integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), disseram que a ideia inicial era caminhar até o Congresso Nacional a partir das 19h, onde o ato deveria terminar. Entretanto, organizadores em um carro de som afirmaram que a manifestação deve se dirigir ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde os ministros definem neste momento o rito do impeachment. A concentração ainda não tem muitos manifestantes presentes.

Membro da direção nacional da CUT, Roberto Miguel disse que o que une todas as organizações presentes é a luta contra o impeachment e a posição contrária ao ajuste fiscal comandado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “Queremos que a Dilma tome posse, porque pra nós ela ainda não assumiu o segundo mandato”, disse Miguel.

“Nosso ato não está vinculado ao ato deles (da oposição), é em favor da democracia, contra o impeachment e contra o ajuste fiscal. É o que une a todos aqui presentes”, completou.

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Muitos manifestantes carregam cartazes onde se lê “não vai ter golpe”. Um carro de som estacionado no local exibe faixas criticando o ajuste fiscal e com os dizeres “Fora, Cunha”. Parlamentares do PT e PCdoB subiram no carro para criticar os atos da oposição e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) afirmou que o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) quer assumir o lugar de Dilma numa “puxada de tapete” e chamou o programa Ponte para o Futuro, elaborado pelo PMDB, de “túnel para o passado”: “Essa é uma manifestação nacional, ao contrário da manifestação da direita, que se concentrou em São Paulo e que foi um fracasso. É um ato da elite que não mobilizou o povo, porque o povo está percebendo que tirar a Dilma é colocar um homem que diz que é a ponte para o futuro, mas é um túnel para o passado. Essa é a plataforma do atraso, (de quem) não passou por uma eleição e quer, numa puxada de tapete, dar um golpe.”