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O processo por quebra de decoro contra o deputado José Janene (PP-PR) continua sem andar no Conselho de Ética. A sessão que seria realizada nesta terça-feira foi cancelada porque apenas uma das testemunhas chamadas, o deputado José Linhares (PP-CE), compareceu ao encontro, mas se disse incapacitado para falar.

- Só posso testemunhar depois de conhecer o conteúdo da defesa - justificou.

As outras duas testemunhas, os deputados Agnaldo Muniz (PP-RO) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), não compareceram e não foi marcada nova data para que eles falem no Conselho de Ética. A relatora do processo é a deputada Angela Guadagnin (PT-SP).

A reunião marcada para esta quarta-feira também foi cancelada. De acordo com o Conselho de Ética, o ex-deputado José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares não aceitaram o convite para depor como testemunhas de defesa de Janene.

Janene é acusado de ser um dos beneficiários do esquema do mensalão. No relatório conjunto das CPIs dos Correios e do Mensalão, ele aparece como beneficiário de saques no valor de R$ 600 mil, feito pelo assessor do PP João Cláudio Genu. Na época, Janene era líder do partido na Câmara. Em sua defesa, ele alegou que os recursos foram repassados pelo PT para o pagamento de despesas de honorários advocatícios do PP.

O parlamentar, que está de licença médica desde setembro, solicitou sua aposentadoria à Câmara. O pedido está em análise. Nesta segunda-feira, o presidente da Câmara Aldo Rebelo enviou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) uma consulta para ajudá-lo na decisão.

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