A candidata eleita no pleito de 2012 em Colombo, Beti Pavin (PSDB), tomou posse como prefeita da cidade da região metropolitana de Curitiba, nesta sexta-feira (22) depois de 53 dias de imbróglio jurídico. Beti teve as contas de 2001 reprovadas, quando era prefeita da cidade, e só pôde chegar à chefia do Executivo municipal depois de uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Beti Pavin foi diplomada no Fórum Eleitoral em uma cerimônia que durou das 14h30 às 15 horas. Às 17h30 começou a sessão solene na Câmara do município, com a presença de políticos e autoridades militares, que acabou por volta das 19h45. Em nenhum dos dois locais houve registro de manifestações dos vereadores que questionam a posse da prefeita.
Segundo o vereador Anderson Prego (PT), que é de oposição, Beti resgatou o histórico do impasse na justiça que a impedia de assumir como prefeita. Emocionada, ela disse que foi perseguida e que com sua posse foi feita a justiça. A reportagem tenta entrar em contato com Beti Pavin há três dias, mas ninguém atende aos telefonemas.
O vereador da oposição Hélio Feitosa (PSC), justificou a ausência de protestos dizendo que a posse da prefeita não é o momento adequado para reivindicações. "Hoje não é dia de fazer manifestação. Os votos ela teve, nós, parlamentares, não podemos ficar contra o povo", disse.
O clima amistoso da solenidade, no entanto, deve durar pouco. A oposição promete que, no que depender deles, em breve a cidade deve ficar novamente sem prefeito. "Na segunda-feira [25] será ajuizada ação no Tribunal Regional Eleitoral para derrubar a diplomação, até porque precisamos dar uma resposta à população, é inacreditável o que está acontecendo em Colombo", disse o candidato derrotado nas eleições Zé Vicente (PSC).
O caso
Beti Pavin (PSDB) ficou impedida de assumir a Prefeitura de Colombo no dia 1º de janeiro devido a uma reprovação nas contas de sua gestão, no ano de 2001, apesar de ter obtido mais de 50% dos votos nas eleições de outubro. A tucana teve seu registro indeferido por conta da Lei da Ficha Limpa.
A diplomação de Beti foi garantida por uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas, como ainda cabe recurso, a prefeita eleita pode vir a ter de deixar o cargo no futuro.
Durante a semana, os vereadores de Colombo aliados a Beti protagonizaram uma polêmica, ao propor um projeto que anulava o parecer de reprovação das contas da gestão dela em 2001. Caso a anulação da reprovação das contas fosse aprovada, a ação contra ela perderia o objeto e, consequentemente, Beti ficaria livre para comandar Colombo.
Os vereadores da oposição então, em um posicionamento assinado por seis parlamentares, obtiveram um mandado de segurança para interromper a votação da anulação. A sessão, que estava em andamento, foi suspensa por um oficial de justiça.
Até esta sexta-feira (22), a prefeitura do município estava sob o comando do prefeito interino José Renato Strapasson (PTB), eleito para a presidência da Câmara de Vereadores.
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