Reportagem publicada neste sábado (23) pelo jornal "O Estado de S. Paulo" traz novas denúncias contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O senador, que enfrenta processo no Conselho de Ética por supostamente ter tido contas pessoais pagas por um lobista, agora é acusado de ter tido sua campanha eleitoral ao Senado em 1994 financiada por um bicheiro.

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O autor das denúncias é Plínio Batista, ex-chefe do jogo em Maceió e Murici (AL). Batista diz que tinha relações próximas com Renan. Segundo a reportagem, ele conta ter participado da cerimônia de posse de Renan no Ministério da Justiça, em 1998. "O ministro da Justiça não tinha qualquer constrangimento em receber um bicheiro. Ele sempre me perguntava: "Como vai o nosso zoológico" Eu é que evitava causar problemas", disse ao jornal.

O bicheiro, que tem acusações de assassinatos em sua ficha criminal, diz que teme por sua vida. Segundo a reportagem, ele escreveu uma carta para a mulher e gravou uma declaração atribuindo a responsabilidade a Renan por qualquer acidente ou atentado que venha a sofrer.

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Outro lado

O advogado do senador, Eduardo Ferrão, diz que as acusações são "requentadas" e que "não têm procedência". Para Ferrão, as novas acusações são ataques de adversários políticos da família. Ele afirma desconhecer que Renan tenha recebido dinheiro de Plínio Batista para sua campanha. "O senador tem processado os autores de denúncias a respeito desses temas", afirmou.

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