Classificados como mais perigosos do que as armas, os celulares voltaram à mesa de discussão em São Paulo. As operadoras de telefonia celular prometeram ao governo do estado estudar mecanismos para anular os sinais em áreas próximas a penitenciárias. A proposta da polícia é que as operadoras retirem, em caráter de emergência, as antenas de retransmissão no entorno de presídios. Seria uma medida de emergência para cortar a comunicação entre as facções criminosas.
A reunião foi com o chefe da Polícia Civil de São Paulo, delegado Marco Antonio Desgualdo, está reunido nesta tarde com representantes das operadoras.
Não foi a primeira vez que o assunto virou prioridade no debate de segurança. Já foram comprados e instalados, por exemplo, bloqueadores de celulares em oito presídios paulistas entre 2002 e 2003. No ano seguinte, eles já estavam obsoletos.
Na ocasião, a Secretaria da Administração Penitenciária informou que, embora certificados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a tecnologia utilizada não foi suficiente para impedir a comunicação, pois a tecnologia das empresas avançou mais rapidamente do que a dos bloqueadores.
Desde então, começaram a ser instalados aparelhos de Raio-X para conter a entrada de celulares para os presos.
Interatividade
As rebeliões e os ataques contra a polícia te deixam com maior sensação de insegurança? Participe do fórum
- Terminam rebeliões nos presídios paulistas
- Paulo Bernardo diz que governo está fazendo a sua parte na segurança pública
- Preso é degolado em Campo Grande
- PM e sistema penitenciário em estado de alerta no Rio
- Polícia quer que operadoras retirem antenas de celular de perto dos presídios
- Onda de rebeliões é controlada no Paraná